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Lava-jatistas, golpistas de esquerda, mordem o próprio rabo (parte 7): Marcelo Freixo

Seguindo com nossa série de lava-jatistas arrependidos, nossa estrela da vez é Marcelo Freixo (Psol), deputado federal que em 2016 lançou sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro. Nas últimas eleições para a prefeitura do Rio, Freixo se aproximou da Globo, negou o apoio de Lula a sua candidatura, e participou da campanha lava-jatista. A defesa da operação criminosa foi uma campanha intensa do Psol, Luciana Genro, Chico Alencar, Babá, a lista é longa se listarmos todas as figuras do partido que comemoraram as prisões arbitrárias da Lava-Jato.

2016, ano de eleições: um ótimo momento para apoiar a  Lava Jato

O ano de 2016 foi o grande ano para a direita golpista. A campanha hipócrita e demagógica liderada pela imprensa em 2014 contra a Copa do Mundo foi repetida contra as Olimpíadas do Rio de Janeiro ( Cerimônia de abertura 5 de agosto, cerimônia de encerramento 21 de agosto). A diferença é que desta vez o evento internacional ocorreu durante o processo de impeachment de Dilma (2 de dezembro de 2015 a 31 de agosto de 2016). O apoio de Marcelo Freixo à Lava Jato, e a campanha do deputado contra as Olimpíadas no Rio de Janeiro garantiram-lhe uma aproximação com os setores golpistas.

Vemos que o deputado, assim como seu partido, agiram em coro com os golpistas, em uma  campanha indireta em que se atacava o Partido dos Trabalhadores e defendia-se a operação do imperialismo elaborada para neutralizar o PT e perseguir as principais empresas brasileiras – como é o caso da Odebrecht que esteve envolvida com as obras do evento internacional.

Naquele ano, apoiar a Lava Jato era altamente oportuno, muitos setores da esquerda o fizeram esperando crescer através da demagogia e ocupar o lugar do PT depois que este fosse varrido do mapa. Como os escândalos ainda não haviam estourado, era seguro fazer essa campanha, por mais que as intenções da operação já fossem claras.

Marcelo Bretas e Marcelo Freixo: a Lava Jato carioca

Talvez uma das figuras mais emblemáticas da Lava Jato depois de Sérgio Moro seja Marcelo Bretas, o Moro do Rio de Janeiro. Bretas foi responsável por perseguir o MDB carioca, ala da burguesia nacional intimamente ligada ao Partido dos Trabalhadores e responsável por um dos setores mais importantes da economia brasileira: o petróleo. O MBD do Rio de Janeiro, depois do PT, foi o setor político mais prejudicado pela Lava Jato, para os leigos poderia parecer um ponto positivo para a operação, pois o partido é dos mais corruptos e controlava o estado de maneira mafiosa há décadas.

Porém sabe-se que a “campanha contra a corrupção” não passou de uma fachada fajuta para permitir a perseguição dos principais setores econômicos do Brasil. A corrupção da Petrobras, da Odebrecht, da JBS etc, não passou de um pretexto para acabar com essas empresas que até então estavam no topo da disputa mundial em seus respectivos mercados, em uma operação comandada por seus concorrentes, ainda mais corruptos e mais poderosos. Não é possível cogitar a pureza ética de empresas como Shell, Halliburton, Exxon, todas envolvidas com o financiamento de guerras no Oriente Médio, golpes de Estado, como o realizado no Brasil, orquestrados em vários países atrasados, os maiores beneficiados pelo golpe e pela Lava Jato.

Corrupção é regra e lei em toda empresa capitalista, quanto maior o porte, maior a corrupção, e não uma especialidade das empresas brasileiras.

Bretas agiu da mesma forma que Moro, passando por cima da lei para realizar espetáculos propagandísticos em torno na prisão de Sérgio Cabral e outros figurões do MDB. Ao invés de Freixo denunciar o caráter antidemocrático da operação jurídica, ele fez uma enorme campanha para se aproveitar do clamor da classe média que acreditava que a “corrupção” estava sendo combatida.

Freixo fez parte do grupo composto por diversos artistas como Caetano Veloso que apoiaram com unhas e dentes o juiz Bretas. O grupo participou de um ato em apoio ao juiz junto ao movimento pró-impeachment Vem Pra Rua, e levou uma faixa onde lia-se “Bretas, Tamo Junto”.

Marcelo Bretas, Caetano Veloso, juízes e outros artistas empunham a faixa de apoio ao magistrado, com a vírgula indevida Foto: Márcio Alves / Agência O GloboO momento em que a faixa dos artistas foi trocada, para a foto, pela faixa com o erro de português Foto: Márcio Alves / Agência O Globo

Em suma, o apoio à Lava Jato foi extremamente oportuno para Freixo. Recebeu apoio da Globo nas eleições e de um eleitorado da mesma pequena-burguesia direitista que deu total suporte à perseguição política.

O Psol, que sempre teve uma análise moralista da política brasileira, saltou em cima da oportunidade de posar de “paladino contra a corrupção” junto com a direita e agora está alegando sempre tere sido contra a Lava Jato. Temos aqui somente mais um exemplo claro de como funciona o pensamento do típico parlamentar pequeno-burguês: oportunista e moralista e que faz coro com a burguesia sempre que possível.

 

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