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Lava-jatistas, golpistas de esquerda, mordem o próprio rabo (parte 5): Sabrina Fernandes

Dando continuidade à série “Lava-jatistas, golpistas de esquerda, mordem o próprio rabo”, a polêmica da vez será com a vlogger/youtuber Sabrina Fernandes. Isso mesmo. Para aqueles que não costumam pesquisar o passado destas “grandes” personalidades de esquerda, vale a dica: procurem seus posicionamentos na época do golpe de estado. Este período é bastante esclarecedor sobre a qualidade destes “intelectuais” ou “lideranças” da esquerda pequeno-burguesa.

Por isso, o artigo “The Cost of Saving Rousseff” da vlogueira Sabrina Fernandes, na revista Jacobin, é bastante esclarecedor. No texto, Fernandes acusa o PT e Dilma pelo Impeachment, isto é, pelo golpe de estado. Segundo ela, os petistas colheram o que plantaram.

Logo no início do texto, a vlogger afirma que durante parte significativa do ano de 2015 o governo Dilma esteve envolvido em escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e as grandes empreiteiras. Em seguida, adiciona que o escândalo (que hoje se revela totalmente fraudulento) deu coro para que a direita saísse às ruas para defender a Lava Jato contra o governo do PT.

Qual conclusão que Sabrina Fernandes tira da situação? Que a direita armou um golpe contra o PT e mobilizou a extrema-direita em torno da “luta contra a corrupção” para este fim? Não, muito pelo contrário. Deixemos Sabrina falar por si mesma. Sobre os protestos da direita, a youtuber afirma “isso não significa que devemos sentir pena dela [Dilma]. Longe disso, pois isso foi algo que o PT trouxe para si mesmo”. Ou seja, não vamos lutar contra o golpe para defender o governo; a culpa é deles.

Em seguida, para justificar seu apoio ao golpe, Sabrina Fernandes escreve um monte sobre a política de conciliação de classes histórica do PT, suas alianças com o PSDB, PMDB e etc. durante os anos. De fato, a política de conciliação do PT é criticável, mas na época isso não vinha ao caso. A conciliação estava sendo quebrada pela própria direita golpista, que se unificou em torno de derrubar o governo do PT e perseguir a esquerda.

Na verdade, a crítica à conciliação, do jeito que foi feita por Sabrina Fernandes, era na realidade ela mesma uma conciliação com os golpistas. Em nome de uma luta abstrata contra a conciliação de classes, ao invés de estimular a luta contra os golpistas (com quem o PT havia conciliado), Sabrina decidiu justificar o golpe e colocá-lo na culpa do próprio PT.

Mas isso não é tudo. Sabrina Fernandes não só defendeu o golpe na questão do impeachment fraudulento contra Dilma Rousseff, mas defendeu um dos principais pilares da operação golpista do imperialismo: a operação Lava Jato.

Se no início do artigo, Sabrina Fernandes repetiu a campanha da imprensa golpista de que o PT estava liderando um escândalo de corrupção na Petrobras, em seguida, a vlogger decidiu defender a própria operação Lava Jato.

No texto, Sabrina Fernandes diz: “Eventualmente, Cunha tornou-se alvo do juiz Sérgio Moro e sua investigação Lava Jato. Moro que foi, por um tempo, inimigo de todos os apoiadores do PT e ovacionado pelo novo movimento de direita, decidiu romper com essas linhas partidárias, investigando Cunha e outros fora do PT.”

Ou seja, para ela, Sérgio Moro seria um juiz isento de interesses e partidos, um herói da luta contra a corrupção. Fica claro, então, que para a “analista marxista” (com ela se intitula) do YouTube, Moro não exerce uma política de perseguição política aos partidos, organizações e lideranças da esquerda e de grupos políticos da burguesia contrários aos interesses da Lava Jato e do imperialismo norte-americano. Pelo contrário, o “super Moro” não se deixa influenciar pelos interesses políticos e econômicos, é um verdadeiro paladino da luta pela ética na política.

O absurdo desta defesa da vlogger fica mais explícita agora, com o vazamento de informações da Lava Jato, mostrando a conspiração política entre os promotores e o juíz Moro para prender seus inimigos e deixar solto seus aliados, como Fernando Henrique Cardoso.

Mas imagina… longe dela de acreditar que Moro prenderia, sem provas, em um julgamento totalmente absurdo, um importante representante da esquerda nacional, que liderava as pesquisas eleitorais, para assumir o governo que só foi eleito por conta deste ato. Nem pensar. Como disse Sabrina, Moro investiga tudo e a todos, assim como no filme favorito dos coxinhas “a lei é para todos”, que mostra a beleza do combate à corrupção no Brasil.

No YouTube, Sabrina Fernandes prega unidade, inclusive sem medo de se misturar com o MBL pedindo para que os partidos abaixem suas bandeiras para não desagregar. Mas onde estava essa unidade na hora de lutar contra o golpe e denunciar a Lava Jato? Agora está fácil. Todos já sabem da farsa. A esquerda golpista, da qual faz parte a vlogger, procura esconder esse passado obscuro. Mas os fatos estão aí. Trata-se de mais uma lava-jatista que mordeu o próprio rabo.

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