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Lucrar a qualquer custo

Laureate engana alunos substituindo professores por robôs

Exemplo da política de educação da direita, a indústria Laureate de EAD utiliza sistema de correção duvidoso e engana seus estudantes, jogando sua formação no lixo

A Agência Pública denunciou ontem, 31, que as instituições ligadas à rede Laureate utilizam, para a correção de textos e respostas abertas de alunos do sistema de ensino à distância (EAD), um programa de inteligência artificial (IA), o LTI. O fato foi confirmado por cinco professores da rede, que não quiseram se identificar para não serem demitidos, e denunciaram: “Os alunos não sabem, e assim somos orientados: não podemos informá-los e devemos responder a todas as demandas como se fôssemos nós, professores, os corretores”. Essa empresa não tem respeito pelo profissional de sala de aula, nem pelo aluno, que não é só um cliente.

Consultados sobre o fato, estudantes que utilizam o serviço de ensino superior à distância (parcial ou integralmente) se mostraram surpresos e sentiram-se lesados pelo modelo. Alegaram que em nenhum momento foram informados do fato, em contrato ou orientações correntes. Em contrapartida viram a necessidade de ter sido informados do fato, visto que a qualidade na avaliação de seus conhecimentos é imprescindível para o desenvolvimento.

Os professores denunciaram que o LTI é um sistema muito precário de inteligência para correção das provas e atividades. Segundo relatam, ele funciona pela seleção e verificação de palavras-chave nas respostas. Ou seja, seja qual for a asneira que o estudante tenha escrito, se as palavras certas estiverem na resposta sua nota será positiva. Com isso, a rede Laureate mostra que, na verdade, não se importa com o desenvolvimento e aprendizado de seus estudantes. Entretanto, mostra que não tem problemas em enganá-los se o objetivo for lucrar.

Essa fachada de educação usa os professores, obrigando-os a assinar e autorizar seus atos canalhas e falsificadores. Ameaçados com o alto desemprego da categoria, os professores se vêm obrigados a trocar sua dignidade pelo emprego para garantir o pão de cada dia. Uma das professoras da rede denunciou que tem cerca de 200 mil alunos. Essa situação de trabalho é utópica na educação, o que acarreta na formação à qualquer custo de robôs, por robôs.

O que mais importante de denunciar é que a Laureate é articulada com o governo da direita de Jair Bolsonaro e assessorada por Abraham Weintraub, que se diz ministro da educação. O modelo utilizado pela instituição é justamente a política de ensino que o governo que implantar em todas as instâncias de educação, desde o ensino básico ao superior das redes públicas. Ou seja, a direita quer substituir o ensino público superior no Brasil, que é presencial e apresenta os maiores índices de qualidade em ensino e pesquisa científica do país, por esse sistema de educação canalha e mentiroso oferecido pelos empresários.

A Laureate não é uma rede de educação, mas uma indústria de diplomas falsificados, distribuídos em troca do dinheiro suado dos estudantes, em sua maioria trabalhadores tentando se qualificar. Resumindo, esta é uma multinacional interessada em lucrar com a falta de vagas que a universidade pública não consegue ainda oferecer. Universidade pública esta que a esquerda luta há anos para ser ampliada. Ao contrário da política do governo Bolsonaro, que é de destruição do espaço público para a entrega aos grandes empresários estrangeiros. A extrema-direita se mostra inimiga da educação e do desenvolvimento econômico nacional, que depende diretamente do financiamento da educação dos trabalhadores para que sejam capazes de manusear tecnologia de ponta, também incentivada pelo setor público.

Para que os trabalhadores possam ter uma formação de qualidade é urgente a luta para garantir que todo o sistema de ensino superior seja público, com altos financiamentos governamentais. Só assim a universidade servirá aos interesses de desenvolvimento nacional. Para além disso, a formação começa no ensino básico e, dessa forma, todo o sistema de educação deve ser de qualidade, público e gratuito, pois é obrigação do Estado educar seus trabalhadores.

É preciso perceber que Bolsonaro governa para os empresários e não para os trabalhadores. Sendo assim, a luta por uma educação digna nos empurra para uma luta contra os objetivos da direita, objetivos estes que não interessam à classe trabalhadora e pobre desse país.

A solução que se dá para que os trabalhadores alcancem seus direitos é a derrubada do governo Bolsonaro e de toda a sua corja da direita. A política de educação do país precisa ser implantada pelos seus trabalhadores, e não pelos grandes tubarões da indústria estrangeira, que só têm um objetivo: lucrar acima de qualquer negócio.

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