Luta por terra na África do Sul: revolta dos trabalhadores negros gera histeria entre latifundiários racistas

Os latifundiários racistas da África do Sul, liderados pelo movimento supremacista branco AfriForum, estão promovendo campanha Internacional para “denunciar” uma suposta retaliação, devido aos anos de apartheid, do governo do Congresso Nacional Africano (CNA), partido que governa hoje o país e que representa a maioria negra. Contudo, essa campanha é na verdade parte da política da direita branca e racista do país para manter sua dominação contra a maioria negra e impor na prática o regime de apartheid, nunca completamente desfeito.

Os supremacistas são contra a proposta do governo de reforma agrária, que coloca a necessidade de expropriar terras, sem compensação e devolvê-las aos negros, cujas propriedades foram roubadas durante a dominação britânica e o apartheid. Segundo os latifundiários racistas, estão ocorrendo “assassinatos em massa de fazendeiros brancos”, devido a esta proposta, que deve passar pela Assembleia Nacional antes das eleições de 2019.

A denúncia tem como apoiadores elementos extrema-direita internacional como o Presidente do Estados Unidos, Donald Trump e o ministro do interior da Austrália Peter Dutton, o que diz muito sobre o seu sentido. Trump manifestou seu apoio aos supremacistas em sua rede social: “Pedi ao Secretário de Estado Mike Pompeo que estude de perto as apreensões e expropriações de terras e fazendas na África do Sul e a matança de agricultores em grande escala. O governo da África do Sul está confiscando terras de fazendeiros brancos”

Hoje, das propriedades rurais mantidas por indivíduos, que correspondem 30,32% do território nacional, cerca de 72% desta propriedades pertencem aos branco, que correspondem a apenas 9% da população. Os negros, 80% da população tem apenas 4%. Fato que mostra que o sistema de dominação contra o negro permanece. A proposta de expropriação sem indenização como modelo de reforma agrária veio do partido a esquerda, Combatentes pela Liberdade Econômica e que foi adotado pelo CNA.

O regime do apartheid na África do Sul nunca foi desfeito completamente, ao chegar ao poder em meados dos anos 1990, como resultado de uma mobilização revolucionária dos negros, o CNA, com Nelson Mandela a frente, entrou em uma frente-popular com os brancos que dominavam o país para conter a mobilização das massas, destruiu-se em geral as bases legais do regime do apartheid que vigorou no país durante décadas e que segregou os negros. No entanto, introduziu-se uma política neoliberal que acentuou a exploração do negro e a concentração de bens e renda a minoria branca.

Uma regime de exploração e dominação política de fato, mesmo que não consolidado na legislação. Mesmo os passos ultra moderados e capitulares do CNA são combatidos pela extrema-direita racista branca. É necessária a expropriação de todas as terras dos latifundiários racistas e de todos os seus bens, a expropriação e nacionalização de todas as empresas e o confisco de sua lucros e um amplo programa democrático que atenda os interesses da maioria negra contra o estado racista da África do Sul.

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