Ex vice-prefeito de Altamira (PA) o fazendeiro bolsonarista Silvério Albano Fernandes chefe do “Consórcio da Morte” de ruralistas do Pará agrediu e ameaçou nesta terça-feira (17) o ex-vereador da cidade, Francisco Eduardo Modesto da Silva primeiro em um restaurante, depois dentro da Seccional Urbana da cidade, que está localizada no sudoeste do estado.
Modesto é esposo da professora Maria Ivonete Silva, ela é coordenadora da Universidade Federal do Pará (UFPA), instituição responsável pelo evento “Amazônia, Centro do Mundo” que ocorreu em Novembro. Segundo a denuncia, durante o evento, Modesto relata que os dois se desentenderam, Silvério esteve presente com outros representantes de Sindicatos de Produtores Rurais da região para tentar boicotar e intimidar os responsáveis pelo debate, gritavam “Amazônia centro do Brasil” e vaiavam quando se apresenta alguma critica ao governo Bolsonaro.
O evento reuniu centenas de indígenas, ribeirinhos, ativistas sociais e agricultores para discutir a proteção da Amazônia contra os grileiros, latifundiários e grandes obras. Além de fazendeiro, Silvério Fernandes é madeireiro e politico, no final do ano passado foi cotado por Bolsonaro para assumir o comando do Incra na região do Xingu, o mesmo é também presidente do Sindicato Rural de Anapu.
A tentativa de homicídio ocorreu por volta das 20h50 em um restaurante da cidade onde Eduardo jantava com sua esposa. Silvério acompanhado de capangas adentrou o estabelecimento de arma em punhos e passou a agredir e intimidar verbalmente Modesto.
Na sequencia, indo até a delegacia o casal foi seguido pela milícia armada liderada pelo ex vice-prefeito, dentro da delegacia o fazendeiro o agarrou e o empurrou contra o chão da seccional, o ex-vereador acabou se machucando na base de um pilar e o latifundiário bolsonarista foi contido pelos policiais.
Segundo a reportagem da Repórter Brasil além de ser investigado por participação no esquema que ficou conhecido como ‘Máfia da Sudam’ no final da década de 90, Silvério e dois irmãos acumulam multas de 28,2 milhões por crimes anbientais.
O agressor foi solto e irá responder a um termo Circunstanciado de ocorrência (TCO) pelos crimes de lesão corporal e ameaça, e como na maioria das vezes talvez pagará uma multa ou fiança e nada mais vai acontecer, ao contrario do que acontece com as vitimas em que as agressões e intimidações tendem a aumentar.
As questões fundiárias no norte do país tem se intensificado brutalmente com a chegada do governo golpista de Bolsonaro ao poder, governo este que apoia e dá carta branca para fazendeiros e latifundiários armados e organizados em milicias criminosas atacarem, não só as populações campesinas e indígenas como também se sentem a vontade para agredir intimidar ameaçar e até matar pessoas que lutam contra o desmatamento e incêndios na região.
Atualmente até debate acadêmico sobre a situação catastrófica que passa a região amazônica os direitistas tentam boicotar, os alunos e professores estão sofrendo ataques e ameaças de grupos fascistas ligados diretamente ao presidente fraudulento e golpista de Jair Bolsonaro.
Há vários registros de assassinatos e ações violentas contra lideranças indígenas e sociais ligadas as questões agrarias em todo país, porém os números aumentam em muitas vezes na região norte brasileira. Segundo um relatório da Comissão da Pastoral da Terra de 2019 a escalada da violência vem aumentando desde 2016, os ataques e o sucateamento dos órgãos de defesa das populações do campo são muitas e de variadas formas.
Portanto é preciso que toda população se una em milicias populares armadas para enfrentar os fazendeiros e seus capangas, se organize e mobilize para derrubar todo esse o governo golpista de conjunto, a palavra de ordem central deve ser abaixo o golpe de estado e fora Bolsonaro.
