A morte da companheira Dilma Ferreira Silva, liderança do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), demonstrou qual será o tom utilizado pela extrema-direita contra os trabalhadores e seus respectivos representantes das organizações de luta. Dilma e demais companheiros que estavam com ela foram mortos a mando do latifundiário, Fernando Ferreira Rosa Filho, que era vizinho do assentamento Salvador Allende que a mesma fazia parte.
O massacre aconteceu no dia 22 de março. No dia 24, dois dias depois do assassinato da liderança do MAB, foi constatado que o latifundiário responsável pela morte da mesma, logo depois também assassinou três funcionários de sua fazenda, localizada em vicinal da Martins, zona rural de Baião no Pará. A fazenda que fica a apenas 14 quilômetros do assentamento onde aconteceu o primeiro massacre, onde foram mortos o casal de caseiros e tratorista. Os funcionários foram mortos de maneira brutal, os três tiveram seus corpos queimados, ou seja, foram torturados e mortos pelo grileiro fascistoide.
Segundo as apurações, os trabalhadores foram mortos por reivindicarem seus direitos trabalhistas que lhes eram violados pelo latifundiário. O mesmo já possui inúmeras acusações, que dizem respeito a mortes no campo e de perseguição dos trabalhadores rurais que segundo o mesmo estariam em suas terras. Esse é o tratamento que a extrema-direita defende que seja dado aos trabalhadores do campo, e propriamente com a chancela do governo fascista de Bolsonaro, este comportamento se tornará uma rotina contra essa população.
Esse é o método utilizado pela direita fascista, e que segue os mesmos moldes de perseguição do período militar, onde os opositores políticos eram duramente perseguidos e mortos brutalmente pelo regime. Portanto, se faz necessária a urgente organização de todos os trabalhadores diante de sua autodefesa, contra o extermínio que os golpistas querem promover contra os trabalhadores rurais.