Um exemplo claro da correlação de tal política direitista enganadora, que utiliza das distrações com o momento da pandemia e o oportunismo evidenciado, pode ser caracterizado pelos acontecimentos recentes entre grandes latifundiários e indígenas do MT.
Indígenas das terras Manoki, Menkü, Batelão, Portal do Encantado, Piripkura e Kawahiva do Rio Pardo convivem com focos de incêndio e desmatamentos ilegais dentro de seus territórios gerados por propriedades privadas e latifundiários.
Nota-se aqui a tendência exploradora por parte do interesse das grandes empresas latifundiárias que são protegidas pela política pública direitista, pois tais incêndios e atitudes dos latifundiários são de certa forma asseguradas pelo governo federal.
A comprovação disso é que por mais que existam várias propostas, sabe-se que ainda não existe por parte do governo a implementação de um registro único de terras ou ao menos um cadastro específico para as grandes propriedades, provando que esse ataque devastador às terras indígenas, faz parte de tal “política de proteção” e é efeito das atuais propostas de medidas administrativas federais e estaduais publicadas no país, que pretendem legalizar fazendas sobrepostas a terras indígenas não homologadas, propondo a legalização dos cadastros sobre as terras indígenas.
Finalmente a instituição federal e seus atuais dirigentes mais uma vez comprovam para quem governam, deixando na mão a maior parte da população e acima disso atacando os indígenas e ajudando a aprofundar a exploração.
Por isso é preciso ressaltar a importância de formação de alternativas para própria proteção, como grupos de autodefesa da população, não só indígena, para expulsar os latifundiários, mas também da população como um todo, para que os oprimidos possam se defender dos ataques sistemáticos da burguesia, através da extrema direita fascista.