P: O que faria um futuro governo seu e do candidato democrata Joe Biden para reverter as políticas que Trump adotou em relação a Cuba? Você defenderia pessoalmente o fim do bloqueio?
R: A política de um governo Biden e Harris em relação a Cuba seria regida por dois princípios: primeiro, os americanos, especialmente os cubano-americanos, são os melhores embaixadores da liberdade em Cuba. Em segundo lugar, capacitar o povo cubano para determinar seu próprio futuro é vital para os interesses de segurança nacional da América.
Trump está deportando centenas de cubanos de volta à ditadura e de volta à repressão do regime que só aumentou sob sua presidência. Há quase 10.000 cubanos definhando em acampamentos ao longo da fronteira mexicana devido à agenda anti-imigração de Trump. E está separando famílias cubanas por meio de restrições a visitas familiares e remessas de dinheiro.
Vamos voltar atrás nas políticas fracassadas de Trump. E, como fez anteriormente como vice-presidente, Joe Biden também exigirá a libertação de presos políticos e fará dos direitos humanos uma peça central na relação diplomática.
O embargo é a lei; você precisa de um ato do Congresso para levantá-lo ou precisa do presidente para determinar se um governo democraticamente eleito está no poder em Cuba. Não esperamos que nenhuma dessas coisas aconteça tão cedo.
P: Do ponto de vista da política externa dos Estados Unidos, que papel você acha que a Espanha pode desempenhar nas relações com Cuba e, em geral, com a América Latina?
R: Sob a administração de Biden e Harris, os EUA trabalharão com membros da comunidade internacional, incluindo a Espanha, para apoiar o povo cubano, bem como promover a visão de Joe Biden da necessidade de trabalhar por um hemisfério seguro, classe média e democrático.