A Convenção Nacional do Partido Democrata oficializou nesta quarta-feira (19) o nome de Kamala Harris como candidata a vice-presidente dos Estados Unidos, um dia depois da nomeação oficial de Joe Biden para desafiar o presidente Donald Trump na corrida à Casa Branca.
Kamala é a primeira mulher negra que concorre à Casa Branca por um grande partido com o discurso mais firme contra o racismo. “Vamos ser claros: não há vacina para o racismo. Nós temos de fazer o trabalho”. Com Kamala Harris na chapa, os democratas querem sinalizar que estão comprometidos com a diversidade no partido e firmar um pacto social diante da conturbada situação interna no país produto da pandemia e dos protestos anti-racista.
O tema racismo vai ser explorado intensamente pelos democratas de maneira demagógica tanto quanto a situação dos latinos, indígenas e de imigrantes em geral,
Segundo a senadora Kamala candidata a vice na chapa dos democratas que é filha de pai jamaicano e mãe indiana disse sobre o fato de negros, latinos e indígenas serem mais atingidos pela pandemia que os brancos. “Isso não é uma coincidência. É efeito do racismo estrutural. Das desigualdades na educação e tecnologia, acesso à saúde e moradia, segurança no trabalho e transporte. A injustiça no acesso à saúde reprodutiva e maternal. No excesso de uso da força pela polícia. E no nosso sistema de justiça criminal”,
Os Democratas e os Republicanos são faces opostas da mesma moeda, ou seja, a divergência dos Democratas Kamala / Joe Biden e os Republicanos Donald Trump é na forma não no conteúdo, ou seja, o desacordo e na forma falastrona que Donald Trump implementa o programa politico e não no conteúdo destas politicas que tanto um quanto o outro vão aplicar politicas imperialistas.
Podemos fazer uma analogia com que acontece no Brasil, quando setores da esquerda pequenos burguesa procuram separar a direita tradicional, isto é, “a direita civilizada” da extrema direita bolsonarista. Tanto lá quanto aqui é um problema de forma e conteúdo, “os civilizados” Fernando Henrique Cardoso (FHC), Luciano Huck e Ciro Gomes e seus asseclas, tem condições de tornar as reformas do Estado que são feitas por Bolsonaro mais palatáveis, aprazíveis na sua forma, mas com o mesmo conteúdo de ataque aos trabalhadores.
Nos Estados Unidos a direita imperialista está se valendo do fato de que Kamala Harris é uma mulher negra filha de imigrantes para fazer demagogia com os explorados, por trás dessa demagogia, está à velha política do imperialismo, a política de dura repressão ao povo negro e de ataques aos direitos democráticos e trabalhistas das mulheres e dos explorados em geral. Assim como lá quanto aqui, só um governo dos trabalhadores da cidade e do campo pode dar uma saída aos explorados (negros, indígenas, latinos). Só a classe trabalhadora com sua organização é de fato a alternativa para os problemas do regime capitalista.