Notícias como essa têm sua função pedagógica, no sentido de mostrar para a esquerda que a luta não vai ser através das instituições controladas pela direita.
De acordo com decisão do juiz Elisio Correa de Moraes Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1), as aulas presenciais nas escolas particulares e creches da cidade do Rio de Janeiro estão mantidas.
A decisão abrange desde a educação infantil até o ensino médio. De acordo com a ordem emitida ” os profissionais de educação do grupo de risco de covid-19 devem seguir com as atividades de casa, mantendo o ensino a distância.”
Veja trecho da nota:
“Julgo procedentes em parte os pedidos para manter as atividades escolares, permanecendo a não obrigatoriedade de comparecimento ao trabalho aos empregados que se encontram na chamada ‘faixa de risco’, conforme definido pelas autoridades sanitárias e em matéria de saúde, mantendo-os ativos por meio do ‘ensino à distância’, propiciados os meios físicos e adequados para esses profissionais ministrarem aulas, segundo a conveniência da Instituição de Ensino e às expensas de cada empregador”.
Medida genocida em meio a pico de casos do Covid-19
Esta medida que bate de frente com a explosão de casos da epidemia de coronavírus que vemos no Brasil, atingindo todos os estados do país, com grande destaque para o estado do Amazonas, em particular sua capital Manaus, em que as pessoas estão morrendo como moscas por causa da superlotação do sistema de saúde e falta de oxigênio, situação que o governo federal de Jair Bolsonaro (ex-PSL, hoje sem partido) e o regime de conjunto dos golpistas não fez absolutamente nada para sequer amenizar até o momento.
Nesse sentido, é preciso também denunciar a paralisia das organizações que deveriam cuidar dos interesses dos estudantes e professores, como Sindicato dos Professores do Município do Rio (Sinpro-Rio) e o Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado do Rio (Semerj), que não se manifestaram diante da decisão judicial genocida.
Retorno das escolas públicas marcado para fevereiro
Se na rede privada já é um total absurdo a volta das aulas presenciais, imagina então nas escolas públicas, que têm seu reinicio do ano letivo marcado para o dia 8 de fevereiro até o dia 17 de dezembro. Ainda que não haja uma decisão marcada para o retorno presencial, existe uma pressão sendo feita em todos os setores, sendo a própria realização do ENEM uma manifestação disso.
Uma ampla mobilização contra a volta as aulas
Finalmente, tudo isso está mostrando que o setor privado venceu a briga e agora tem o direito de matar ou não seus estudantes e professores. A comunidade escolar não pode aceitar isso de cabeça abaixada. É preciso organizar uma ampla mobilização diante dos ataques e se colocar fortemente contra a reabertura genocida das escolas, a realização do ano letivo como se nada estivesse acontecendo. Volta as aulas, só com vacina para todos e o fim da pandemia!