Nesta semana, a justiça paulista deliberou o fim de um programa social de combate a miséria em Santos (SP). O “Frente de Trabalho”, é suspenso por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a partir de ação feita pelo Ministério Publico Estadual (MPE). O corte atingirá cerca de 684 trabalhadores que buscam emprego.
O Judiciário segue a política Bolsonarista de atacar os mais vulneráveis, o programa “Frente de Trabalho” colocado em vigor com a Lei Municipal 1.792, de 1999, atua como política de reinserção no mercado de trabalho priorizando jovens de 16 a 18 anos e adultos a partir dos 40, oferecendo uma bolsa mensal no valor do salário mínimo e um vale refeição de R$ 33,00 durante 12 meses (com a possibilidade de renovação pelo mesmo período).
Para o Ministério Público a ausência de concursos justificaria o fim do programa. O mesmo órgão tradicionalmente administrado por castas familiares que se perpetuam em altos cargos da burocracia, não considera as barreiras econômicas que estão colocadas na procura do emprego.
Importante ressaltar que as principais parcelas afetadas pelo fim do programa também são as mais fragilizadas. Tanto os jovens que não possuem a experiência que o mercado de trabalho exige, e os adultos acima dos 40 anos que não possuem o vigor de outrora são as principais vitimas do desemprego.
Com a reforma trabalhista de Temer e a ameaça da reforma da previdência de Bolsonaro está claro que a política dos governos golpistas é atacar os trabalhadores, e não vai abdicar de ofensivas covardes a setores em situações de vulnerabilidade. Para barrar o avanço da direita os trabalhadores devem se organizar como classe para defender seus direitos.