Há seis anos, o professor e camponês Fábio Santos, uma das principais lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Bahia, foi brutalmente assassinado na frente de sua esposa e filha no município de Iguaí, no sudeste baiano e até hoje os responsáveis permanecem impunes.
Em nota de repúdio (clique neste link para ler a integra) o MST aponta que no próprio inquérito policial está comprovado que Fábio morreu por lutar pela reforma agrária, defendendo a distribuição de terras improdutivas para um povo que não tem onde plantar.
Os juízes têm evitado colocar a mão no processo, se declarando “suspeitos”, seja por se sentirem intimidados, seja por conluio com os próprios latifundiários. A audiência que estava marcada para esta semana foi suspensa pela juíza Lázara Abadia de Oliveira Figueira, na semana anterior, e permanece sem data para acontecer.
Não deve restar dúvidas que a Justiça Brasileira é uma instituição que serve aos interesses golpistas. Quando se trata de atacar a população pobre, condenam imediatamente a vários anos de cadeia, não importa o motivo, desde roubar um panetone ou portar desinfetante na mochila. No caso do presidente Lula, o presidente do tribunal anunciou apoio à condenação antes do processo chegar em suas mãos, o relator golpista do TRF-4 levou 36 dias para emitir parecer sobre um processo de 250 mil páginas, e os juízes deram condenação idêntica e aumentada, para que pudesse dar início ao pedido de prisão. Tudo para que o processo encerre antes do calendário eleitoral.
Enquanto isso, quando a condenação não interessa aos golpistas, o juiz orienta o promotor a engavetar para “não melindrar”, e pergunta se os processos já prescreveram, permite a soltura de presos para que façam campanha, ignora prestações de contas e assim por diante.