Por meio da justiça, e sem consultar os alunos, como é de praxe, as aulas na UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) continuarão com o Ensino Remoto. Usando argumentos como se estivesse preocupado realmente com os alunos, a AGU (Advocacia Geral da União) relatou que o pedido “prejudicaria o aprendizado dos estudantes e atrasaria o ano letivo, adiando colações de grau e impossibilitando inclusive a abertura de novas turmas”
“Em razão do possível tempo de duração da pandemia, (os alunos) perderão o semestre letivo e, caso os efeitos da pandemia se estendam ao segundo semestre de 2020 ou em 2021, poderão perder o ano letivo”, ressaltou nos autos o Procurador Federal João Batista Martins.
O pedido da suspensão do ensino remoto e do calendário acadêmico foi feito por sindicatos, mas sem sucesso visto que os mesmos não organizam protestos. Os estudantes estão abandonados porque os órgãos que deveriam representar e lutar por estes, não fazem absolutamente nada.
O judiciário é um órgão de classe e não atua em favor dos interesses dos estudantes. Favorecem sempre sua classe, a burguesia. Atuam sempre na parcialidade. Dentro desses órgãos quem sempre tem benefício e prioridade é a burguesia.
A UFGD também teve que acatar a decisão e manter o ensino remoto. Na decisão o Procurador Federal Fausto Ozi, que atuou no caso da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) disse descaradamente que a decisão foi fundamental para viabilizar as políticas públicas de educação. A 2ª Vara Federal de Dourados reconheceu que “para evitar o integral sacrifício do direito constitucional à educação paralisado durante a pandemia, mostra-se perfeitamente adequada a retomada do ensino na medida do possível e mediante ferramentas que contribuam para a preservação do distanciamento social, como ocorre com o ensino remoto”.
Mais uma decisão que atende os anseios e interesses da burguesia. Os estudantes sofreram mais uma dura derrota. Mais um golpe. O regime político vem crescendo e junto com ele o fascismo de impor a volta as aulas a qualquer custo. O que se tem visto antes e durante a crise causada pela Covid-19 é que os sindicatos não vêm atuando. O que se vê é apenas um teatro e nada mais.
A juventude deve unir forças urgentemente e organizar a mobilização enérgica contra interesses econômicos, e principalmente reforçar a luta dos estudantes contra o EAD e o ensino remoto que não favorecem em nada. Só ajuda cada vez mais a enterrar a educação que já se encontra em falência.