A Venezuela passou por mais um ataque imperialista contra o seu governo legítimo nesta semana, quando a Suprema Corte do Reino Unido decidiu por aceitar a apelação feita pelo golpista Juan Guaidó sobre a questão da posse do ouro venezuelano que está sob poder do Banco da Inglaterra, onde foram depositados. A situação se arrasta a meses, desde que Nícolas Maduro solicitou a retirada do ouro do Banco, com a finalidade de usar as reservas para o combate à Covid-19 no país.
A questão que deveria ser simples, afinal se trata de uma situação emergente e também por se tratar da soberania venezuelana sobre as suas riquezas, virou mais um motivo e uma estratégia imperialista para atacar o país, reforçando o embargo econômico que a Venezuela vem sofrendo nos últimos anos pelos países imperialistas. Quando solicitado por Maduro, em julho, o ouro venezuelano virou caso judicial no Reino Unido porque a Inglaterra, país onde está depositado as reservas de ouro do país, não reconhece o governo de Nícolas Maduro como legítimo, mas sim o golpista Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país numa de suas várias tentativas de golpe frustradas, mas que foi apoiada pela grande maioria do imperialismo mundial. A situação impede que o ouro seja repatriado e entregue ao governo de Nícolas Maduro mas sim que ele fique em posse de Guaidó, um verdadeiro golpe, ou melhor, um verdadeiro roubo contra as riquezas e a soberania da Venezuela e seu governo eleito pelo povo venezuelano.
O ouro venezuelano virou uma grande arma de chantagem pró Juan Guaidó contra o governo Maduro e é mais um ataque imperialista contra a Economia e a vida do povo da Venezuela, e é importante ressaltarmos que a Inglaterra não tem nenhum direito sobre o ouro a qual não é seu, muito menos pode passar por cima da soberania de outro país sobre como e onde destinar as suas riquezas. Este é mais um episódio dos ataques imperialistas contra os países da América Latina e mostra também como países atrasados e subjugados do imperialismo não devem depositar suas riquezas nas mãos de grandes países capitalistas, pois não há qualquer respeito com a soberania e a escolha dos seus povos, apenas são seguidos os seus interesses dentro do imperialismo. O caso do ouro venezuelano abre brechas para que outros países que tenham governos mais nacionalistas e anti imperialistas e que já sofram com estes ataques vindos dos grandes capitalistas possam acabar passando pela mesma situação, onde o acesso às suas próprias riquezas é negado com a desculpa e considerações um tanto quanto inconsistentes.
É necessário defender que o ouro venezuelano seja entregue ao seu governo eleito pelo seu povo e não a golpistas agentes do imperialismo, esta é uma questão não somente da Venezuela, mas diz respeito a toda a América Latina, que deve lutar contra a infiltração e a exploração imperialista.