Da redação – A defesa pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumenta a cada dia. Agora, onze juristas europeus e latino-americanos enviaram um documento ao governo golpista na última quinta-feira, 23, para lembrar aos capachos dos norte-americanos os tratados internacionais que a justiça deve seguir como determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU. A carta é assinada pelos renomados juristas Baltasar Garzón, da Espanha; Luigi Ferrajoli, da Itália, William Bourdon, da França, o jurista Emílio García Mendez, presidente da Fundação Sul Argentina e o presidente de honra da Liga de Direitos Humanos (LDH), Henri Leclerc.
O órgão denuncia a perseguição ao petista e aponta para que o país não impeça Lula de exercer seus direitos como candidato. O documento foi redigido em Paris, enviado também ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, ao golpista Aloysio Nunes, das Relações Exteriores, Eunício Oliveira, presidente do Senado, à ministra Cármen Lucia, presidente do STF até a posse de Dias Toffoli, e outros dez integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo a golpista Rosa Weber que é presidenta do TSE.
O texto ressalta que o movimento golpista do Brasil ignora o cumprimento dessas medidas, o que gera uma situação de vergonha internacional, típica de países que “desprezam o respeito pelos princípios democráticos e o estado de direito”. Diz ainda que “este não pode ser o caso do Brasil, que, pelo contrário, se declarou como uma das grandes nações democráticas do mundo”.
É preciso a ampla denúncia, que agora é internacional, junto a uma organização nas ruas que derrote o golpe pela força dos movimentos operários e camponeses. Lotar Brasília no dia do julgamento de Lula é agora a missão dos trabalhadores para garantir sua candidatura e vitória contra o bloco golpista servo do imperialismo norte-americano.