Neste sábado(01), trabalhadores de todas as regiões do Brasil realizaram um ato nacional de 1º de Maio na praça da Sé, região central de São Paulo. Resultado de um trabalho de organização, agitação e convocação, a ação da militância do Partido da Causa Operária e dos Comitês de Lutas reuniu cerca de 2 mil pessoas, entre militantes de diversos partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais, mas também trabalhadores em geral.
A mobilização para o 1º de Maio foi uma enorme vitória. De norte a sul do País, centenas de pessoas se mobilizaram rumo a São Paulo para participar da manifestação, as caravanas que vieram de diversas regiões do país proporcionaram a participação de diversas organizações como os Comitês de Luta das Regiões Sul, interior de São Paulo, Sudeste, Centro Oeste, Norte e Nordeste, também estiveram presentes militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), assim como militantes da Frente Nacional de Lutas (FNL), do Partido Operário Revolucionário (POR), coletivos anarquistas e organizações de defesa dos direitos da população negra e das mulheres. Também estiveram presentes sindicatos de todo o país, como: Sindicato dos Bancários, Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Petroleiros, Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Simpeem) e Movimentos populares como o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM) e Central dos Movimentos Populares (CMP).
A presença de todas estas organizações revela o impulso cada vez maior por parte da base de trabalhadores que compõem os partidos da esquerda em direção à real luta contra o regime golpista.
Outro destaque, quando se trata da presença na mobilização, foi a figura do padre Júlio Lancelotti, conhecido por seu trabalho junto à população de rua, “saúdo a luta pela vida, pela dignidade dos trabalhadores e das trabalhadoras e que nós todos de diversos grupos possamos nos reunir e estar junto para que possamos lutar juntos com esperança, com força e com coragem neste momento de luto dos trabalhadores e das trabalhadoras, lutar pela quebra da patente das vacinas, é um direito do povo, a dignidade da vida, o auxílio emergencial a renda básica para todos os trabalhadores e trabalhadoras, principalmente os desempregados, as mulheres e crianças, os idosos e toda população de rua é cada vez maior em todas as cidades brasileiras, contra o desemprego, contra a opressão, contra a tirania, pela vida, pela dignidade e pela força de coragem, lutemos então”, afirmou Lancelotti.
Neste sentido temos pleno acordo com Julio Lancellotti, a vacina é um direito de toda a população, a burguesia, principalmente os setores da indústria farmacêutica veem no problema da vacinação da população um meio de enriquecimento, colocando uma barreira de contenção na vacinação massiva da população em detrimento do lucro de um punhado de capitalistas, é necessário se opor a essa política genocida, mas principalmente mobilizar a população pela quebra das patentes, é necessário colocar a ciência a serviço dos interesses da população e não dos lucros da burguesia, enquanto os capitalistas mantêm as vacinas trancadas a sete chaves morrem 100 mil pessoas por mês no Brasil.
Justamente por isso, um ponto importante de todo esse primeiro de maio é que esta foi uma mobilização que não foi convocada oficialmente por nenhuma grande organização da esquerda brasileira. Este dado mostra que mesmo que as direções da esquerda pequeno-burguesa não se mostram dispostas a mobilizar ninguém, mas sim, se aliar com a burguesia golpista, como visto na “live” promovida pelas centrais como os inimigos da classe trabalhadora, ao contrário dos anseios da população que demonstrou no último sábado está totalmente disposta a lutar nas ruas.
O primeiro passo foi dado, o 1º de maio foi fundamental para impulsionar o movimento dos trabalhadores, agora é necessário continua-la, mobilizando cada vez mais a classe trabalhadora e a população para pôr para fora o governo Bolsonaro e garantir a candidatura de Lula e Lula presidente, neste sentido chamamos todos a participar do ato nacional que será realizado no dia 3 de julho na Avenida Paulista com as reivindicações centrais deste momento: quebra da patente, vacina para todos já, por um Auxílio Emergencial de um Salário Mínimo.