Terça-feira (27), o Supremo Tribunal Federal (STF) julgaria um recurso da defesa de Lula relativo a uma acusação de pagamento de propina envolvendo a Odebrecht. Lula teria recebido como propina, segundo seus inimigos que debochavam da morte de seus parentes no Ministério Público Federal, um terreno para construir o Instituto Lula e o famoso triplex do Guarujá, atribuído a Lula pela direita golpista dentro do Judiciário para condená-lo sem provas.
O pedido da defesa estava na pauta de terça-feira para ser julgado pelo STF, mas os ministros resolveram dar prioridade para outra ações. Uma manobra para adiar mais uma vez qualquer decisão que possa beneficiar Lula. Outra desculpa foi a ausência do ministro Celso de Mello, que não compareceu à sessão do tribunal por problemas de saúde.
A defesa de Lula está pedindo acesso à íntegra do acordo de leniência da Odebrecht. O MPF de Curitiba argumenta que a defesa já teria tido acesso aos dados relevantes para o processo, defendendo que parte do acordo seja escondida da defesa. O ministro Edson Fachin decidiu que os ministros terão que analisar essa questão com mais detalhes.
Enquanto isso Lula continua preso
Enquanto o STF adia uma decisão sobre Lula, o ex-presidente continua preso arbitrariamente em Curitiba, com base em uma condenação sem provas. A prisão política de Lula já dura 508 dias, e tudo indica que, se depender das instituições golpistas, Lula continuará preso apesar de a perseguição política contra ele estar escancarada.
Deve-se lembrar que foi por omissão do STF que Lula foi preso no ano passado, ao ter negado um habeas corpus depois de o STF ser ameaçado pelo general Villas Bôas pelo Twitter, que ameaçou, além do tribunal, o país inteiro, em uma mensagem que foi lida por William Bonner no Jornal Nacional.
Naquela ocasião, Villas Bôas ameaçou o Brasil com um golpe militar, usando as seguintes palavras: “Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais.” Desse modo o STF se acovardou e permitiu que Lula fosse preso apesar de não ter sido condenado em última instância, rasgando a Constituição. Agora, o STF continua se omitindo, com manobras como o adiamento do julgamento dos recursos da defesa de Lula.
Como libertar Lula?
Se depender das instituições golpistas, Lula continuará preso indefinidamente. Para libertá-lo é preciso haver uma grande e intensa mobilização popular exigindo sua liberdade. Dia 14 de setembro haverá um ato em Curitiba especificamente com essa pauta, que é central nesse momento, ao lado de Fora Bolsonaro!
A liberdade de Lula é um instrumento para derrotar a direita golpista, colocar os direitistas na defensiva e impedir a continuidade dos ataques de Bolsonaro à população. Lula livre intensificaria a polarização no Brasil, o que prejudica a tentativa da direita golpista de estabilizar o regime político. Por isso, dia 14, todos a Curitiba! Ocupar Curitiba pela liberdade de Lula!