A juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Juri da Justiça Estadual de São Paulo, decretou nessa última sexta-feira (11) a prisão preventiva do ex-vereador de Diadema pelo Partido dos Trabalhadores (PT) Manoel Eduardo Marinho, o Maninho do PT, e de seu filho Leandro Marinho por terem agredido um homem que tentou invadir o Instituto Lula no dia em que o juiz golpista Sérgio Moro decretou a prisão do ex-presidente Lula. Sua alegação é de que a reação foi uma tentativa de homícidio.
No terrível dia, os petistas reagiram à provocação de um coxinha que foi ao instituto Lula comemorar e debochar da prisão do ex-presidente. Carlos Alberto Bettoni foi respondido após ter xingado e ameaçado todos que estavam no Instituto Lula, mas foi justamente no momento em que ameaçou o senador da República Lindberg Farias (PT), onde estavam há pouco reunidos com Lula. Numa resposta totalmente cabível, os militantes ali presentes expulsaram o direitista da frente do Instituto e no momento em que fugia para a rua o homem foi empurrado e bateu a cabeça num parachoque de caminhão. Se machucou e ficou alguns dias internado.
A juíza diz em relação aos petistas “Eles não podem permanecer em liberdade após a prática de um crime doloso contra a vida, praticado de maneira tão covarde” como alegação para a prisão. Ao mesmo tempo, o monopólio de imprensa burguesa caiu matando em cima do PT, alegando que seus militantes tentaram matar o opositor. Faitarone disse ainda em sua sentença que “a liberdade dos acusados geraria, na sociedade, uma enorme sensação de impunidade e a impunidade é um convite ao crime”.
A sensibilidade e aparente choque diante da violência entretanto são apenas uma fachada, bem mal feita pela juíza, para dar continuidade na perseguição política a esquerda. Justamente pois em casos em que o assassinato foi concretizado e que as evidências eram reais, como no caso da acusação do Policial Militar Danilo Keity Matsuoka e outros cinco PMs, acusados de assassinar dois pichadores, Ailton dos Santos, de 33 anos e Alex Dalla Vechia, a cidadã acima da lei os absolveu. Velhos conhecidos, esse mesmo PM já havia sido absolvido pela mesma juíza por outro assassinato.
O PM e outros dois policiais foram denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pela morte de Rafael Carvalho de Oliveira em janeiro de 2013, na Mooca, bairro da cidade de São Paulo. De acordo com a juíza defensora da vida acima de tudo, no dia do assassinato, a vítima estava com outros quatros adolescentes em uma praça bebendo e usando drogas. Isto é, aparentemente justificando o assassinato do jovem.
Além do assassinato, Matsuoka e outros policiais também foram denunciados por fraude processual. Segundo o MP, eles teriam plantado uma arma com a vítima e disparado com ela, forjando assim um “confronto”.
Seguindo a fama da maioria dos magistrados, a justiceira de São Paulo aplica o rigor da lei contra os petistas, sob alegação de que são assassinos e por isso não deveriam estar em liberdade. Quer caçar a esquerda que luta pelos direitos do povo trabalhador. Essa, que é carcereira da esquerda, mas que inocenta policiais assassinos.