A comunidade indígena Cahy, localizada na Terra Indígena Comuruxatibá na Bahia, do povo Pataxó, está sob ameaça de uma reintegração de posse levada a diante pela justiça golpista. O juiz Guilherme Bacelar confirmou a sentença de mérito do processo de reintegração de posse da área no último dia 10 de setembro, o qual havia sido barrado pelo Supremo Tribunal Federal em 2017.
A Terra Indígena, dividida em 14 aldeias, é composta por mais de 15 mil indígenas. A ameaça de reintegração de posse não é primeira contra os índios. Desde 2015, a comunidade indígena Pataxó vêm sendo ameaçada pelos interesses da especulação imobiliária. A Terra Indígena do povo Pataxó fica localizada na região da Mata Atlântica, a riqueza natural do local, como as praias, atraem o interesse dos vampiros do setor imobiliário.
A ação contra os índios sempre foram violentas. Em 2015, por exemplo, um grupo armado invadiu a comunidade Cahy e queimaram uma maloca indígena que continham pertences do índios. Logo em seguida, os índios foram atacados a tiros em outra ofensiva dos pistoleiros.
Em 2016, em mais uma reintegração de posse, os índios tiveram suas casas, escolas e postos de saúde derrubados por tratores. No caso em questão, a reintegração de posse foi acompanhada por mais de 100 policiais federais, civis e militares.
Trata-se de uma área tradicional dos índios Pataxó. Nos últimos anos, com o avanço da especulação imobiliária, o assédio contra os índios somente aumentou. O que ficou demonstrado na decisão do juiz federal favorável a reintegração de posse, mesmo o STF tendo já realizado julgamento contrário a reintegração.
É preciso mobilizar os índios contra a reintegração de posse promovida pela justiça golpista, organizar os comitês de autodefesa nas comunidades para reagir as investidas dos empresários e seus lacaios. Mobilizar todas as comunidades indígenas do país, em conjunto com os outros setores populares, pela derrubada do governo Bolsonaro. Fora Bolsonaro!