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O lucro acima das vidas

Judiciário obriga funcionários de call center a voltarem ao trabalho

Categoria profissional já exposta a precárias condições de trabalho sofre mais ataques em meio à pandemia do COVID-19.

Da redação – Após uma série de protestos de trabalhadores de telemarketing que atuam em Teresina, capital do Piauí, a prefeitura se viu pressionada a emitir regulamentações emergenciais para o setor.

Além da enorme aglomeração de pessoas nos três turnos, os funcionários se viram obrigados a reagir porque faltam materiais de higiene básicos, como sabão para lavar as mãos. Além disso, não foram liberados nem funcionários gripados e nem àqueles pertencentes aos grupos de risco.

É importante lembrar que esta categoria profissional já está exposta cotidianamente a condições bastante precárias de trabalho, como por exemplo a rotina cronometrada, onde em muitas empresas até as idas ao banheiro são rigidamente controladas, além da baixíssima remuneração e da intensa pressão por metas.

Inicialmente, um decreto estadual limitou a 50% o funcionamento dentro destas empresas. No entanto, na capital Teresina existem grandes empresas do setor com milhares de trabalhadores aglomerados nas Posições de Atendimento (P.A.s). Como resposta à pressão dos trabalhadores, a prefeitura ampliou as medidas preventivas, limitando a 100 funcionários por turno, para evitar a propagação do COVID-19.

Atendendo a recurso da empresa Almaviva do Brasil, o desembargador José James Gomes Pereira desobrigou a empresa de cumprir a legislação municipal, cinicamente relatando que a empresa está adotando as medidas de segurança e higiene.

Esta empresa, uma gigante do setor de call center, está envolvida em uma série de denúncias trabalhistas nos últimos anos, que envolvem desde o pagamento de salários abaixo do mínimo, até assédio moral e sexual, além de fraudes no sistema de ponto.

Obviamente, a preocupação dos capitalistas é que as medidas colocariam em risco a continuidade do serviço. O risco de uma massiva contaminação entre os trabalhadores do setor é deixado de lado, tanto pelos patrões quanto pelos juízes.

Além do risco de contaminação dentro das empresas, a maioria dos trabalhadores fica exposta às aglomerações no transporte público, quando existem condições técnicas de estabelecer o trabalho remoto.

O poder político destas empresas foi demonstrado recentemente, tanto em decretos estaduais quanto em decreto federal, onde se estabelece que o serviço de call center é essencial, ou seja, se interrompidos colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.

Posto assim às claras, fica óbvio que este tipo de serviço é essencial mesmo para os lucros destas grandes empresas, que se negam a pôr em prática o trabalho remoto porque ficaria mais difícil espremer e assediar os trabalhadores a distância.

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