Em Recife (PE), a Polícia Militar está reprimindo os grupos de passinho que ocupam os espaços públicos do centro. Esses grupos são da periferia e, na sua maioria, de jovens negros que realizam a chamada batalha. Essa repressão também já acontecia com outros movimentos como o brega, Hip-Hop e o Funk. Um exemplo concreto disso é quando a polícia começou a impedir que os jovens da periferia passeassem dentro dos shoppings.
É sabido que, historicamente, a população negra e pobre tem acesso limitado aos espaços de lazer da cidade. Os negros são um setor da sociedade explorado pelo capitalismo. O centro fica restrito apenas para as pessoas que podem consumir. A burguesia e o Estado usam do seu braço armado, ou seja, a própria polícia para executar um processo de higienização e deixar o jovem da periferia calado e longe do centro da cidade.
Os jovens que fazem parte desse grupos reclamam que não se sentem bem-vindos quando frequentam lugares centrais, pois quando eles estão dançando a polícia fica em cima criando empecilhos para a brincadeira dos jovens.
A polícia tem um propósito único com a classe mais pobre, que é o de reprimir as manifestações culturais vindas das favelas. O racismo é oriundo de uma necessidade econômica das classes dominantes de explorar ao máximo a população. Por isso, a polícia persegue a população negra.