Alunos de universidades públicas e privadas não podem continuar o curso por questões financeiras, seja para arcar com as despesas outras ou com a mensalidade.
Esse fato revela uma tragédia que surge nesses tempos de crise sanitária. O aumento constante do desemprego ou a diminuição dos salários de jovens trabalhadores e trabalhadoras os obrigam a abandonar ou adiar o objetivo da universidade. Isso porque os custos com as questões básicas de sobrevivência, como alimento, produtos de limpeza, contas de água e luz, e outras, ficam à frente da universidade. Esse é mais um dos efeitos trágicos do capitalismo durante a pandemia.
Outro fator que explica o número crescente de evasão é a questão do EAD. Muitos estudantes não têm acesso à internet ou possuem uma qualidade muito baixa de serviço de rede e diante disso acabam por adiar o curso. Não pode haver “Ensino à Distância” sem condições para tal.
Estudantes de Medicina e de Enfermagem, muito importantes no momento atual, são jogados de lado pela crise que desemprega uma enorme massa, que sem renda não podem terminar a universidade e, por consequência, torna-se um profissional a menos que poderia estar na linha de frente contra a pandemia. A situação de desemprego, porém, não é nacional, é internacional, afinal, a crise do capital atinge todo o globo, com consequências catastróficas, se uma atitude não for tomada.