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Jovens africanas sofrem torturas sem métodos anticoncepcionais

A tendência da burguesia mundial é nos faz pensar que a questão da mulher é assunto ultrapassado, já superado e que, hoje, as mulheres que ainda não são bem sucedidas ou que possuem gravidezes indesejadas, por exemplo, estão nessas situações porque elas querem. Mesmo nos países mais avançados em questão de igualdade, o processo de grande crise do capitalismo e de deterioração da burguesia faz com que a condição das mulheres retroceda, apontando para uma retirada de direitos, aumento da violência e desemprego.

Se esse processo de piora na questão da mulher afeta os países mais desenvolvidos, mesmo que tardiamente, imagine os países mais pobres. A situação das mulheres nos países mais pobres da África, por exemplo, é bem precária e é, também, a personificação pura dos frutos do processo de exploração que o imperialismo gerou nesses locais. Uma prática muito comum com as jovens mulheres de alguns países da África, por exemplo, é o achatamento de seus seios quando eles começam a crescer. O motivo? Retardar o início da vida sexual, evitar chamar a atenção dos homens, evitar o assédio e uma gravidez indesejada, já que o acesso à métodos anticoncepcionais é precário.

Essa prática acontece principalmente em Camarões, país que vem enfrentando uma grave crise decorrente de uma briga entre governo e o movimento separatista. Sendo um dos países explorados pelo imperialismo, principalmente na escravidão, o atraso que perdura até hoje reflete nos costumes da população. Esses países explorados não conseguiram se desenvolver suficientemente, a ponto de não terem acesso às informações básicas, como métodos anticoncepcionais e educação sexual que ensine os jovens que é normal o corpo se desenvolver na puberdade.

Se hoje essas meninas africanas sofrem com essa prática, que costuma ser feita com um objeto quente amassando seus seios, é porque o imperialismo não hesitou em extrair tudo que esses países tinham, obrigando-os a levarem séculos para se reestruturarem. Não adianta a ONU fazer relatórios sobre o sofrimento dessas meninas, se a principal causa são os países imperialistas que compõem essa Entidade.

Em 2018, o reacionário Donald Trump reinstituiu um decreto conhecido como Regra da Mordaça, uma lei que não permite que o dinheiro de ajuda humanitária dos EUA seja destinado à instituições internacionais que sugiram aborto, realizem aborto ou façam lobby para legalizá-lo em outros países. Essa ação de Trump, fez com que a Marie Stopes International Uganda, instituição de prevenção a gravidez e planejamento familiar, perdesse seu financiamento, interrompendo o trabalho de saúde em Uganda. A Maria Stopes nunca trouxe aborto como possibilidade, mas o governo conservador, seguindo a linha de todos os Republicanos, impede esse trabalhos educacionais.

A burguesia tende a denunciar essas práticas como se fossem inerentes a esses países, como se essas populações fossem selvagens, quando, na verdade, essas práticas só perduram até hoje porque o capitalismo, que se sustenta à base de exploração desses países africanos, não permite que seja diferente. Não permite o avanço educacional, afinal, não é interessante ao capitalismo que as pessoas sejam bem instruídas. Enquanto o modelo econômico vigente for baseado na exploração e na opressão, a questão das mulheres nunca será superada.

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