Cláudio Tognolli, integrante dos quadros tidos como “qualificados” da xucra direita brasileira, sofreu reprimenda e, a depender do Ministro Dias Toffoli, será processo pelo Ministério Público Federal após divulgar falsas informações sobre o irmão do ministro.
Durante o último domingo, na tentativa de atacar o desembargador que concedeu habeas corpus a Lula, o jornalista da Jovem Pan divulgou – e há quem diga que foi o principal impulsionador – uma imagem antiga que mostra o irmão de Toffoli como sendo o desembargador Rogério Favreto, beijando o então presidente Lula. O objetivo, cínico, era de tentar inflamar o falso clima de parcialidade nutrido pela direita, na tentativa de mostrar que só um fanático partidário seria capaz de acatar o justíssimo pedido de liberdade em favor de Lula.
O mesmo jornalista, que iniciou sua carreira nos anos 80 no fascistóide Grupo Abril, divulgou em suas redes sociais o número de celular de Fravetto no auge do embate travado entre os legalistas e os golpistas dentro do poder judiciário. Evidentemente, a atitude do golpista contribuiu para aumentar o clima de tensão em torna de uma questão tecnicamente simples (a libertação de Lula) e para que o plantão de Fravetto fosse interrompido antes da hora, em razões das ameaças de morte que começou a receber.
Foi este mesmo jornalista que divulgou exames de tomografia de Marisa Letícia – falecida esposa de Lula – quando esta estava hospitalizada, para deleite dos inescrupulosos direitistas.
À direita falta muita coisa, sobretudo honestidade intelectual, mas é necessário reconhecer que sua criatividade para vilipendiar o que sobrou das instituições democráticas nacionais é vastíssima. O leque de frentes de atuação contempla desde o sutil doutrinamento do monopólio da imprensa até a clássica divulgação de notícias falsas, ameaças de golpe de Estado e propogação de informações sigilosas como forma de represália.