O jornal estadunidense The Wall Street Journal revelou nesta sexta-feira (26/06) que, Leopoldo López, foragido da justiça venezuelana, dedicou-se por meses à tarefa de contratar mercenários a fim de derrubar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Segundo apurou o jornal, López considerou pelo menos seis propostas diferentes, nas quais os mercenários deveriam executar incursões militares com a finalidade de desestabilizar e, se possível, provocar uma rebelião dentro das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB).
Dentre os mercenários contratados por López está um dos envolvidos no ataque de 3 de maio. Neste ataque, participaram dois ex-boinas verdes do exército dos EUA, que declararam pertencer à segurança do presidente Donald Trump.
Jorge Rodríguez, Ministro da Comunicação e Informação da Venezuela, apresentou áudios em maio, que comprovavam os vínculos de Leopoldo López com os mercenários e os desertores que participaram da Operação Gideón, que pretendia assassinar o Presidente Maduro.
Em meados de maio, o Governo Nacional denunciou os vínculos entre López com os mercenários e os desertores que participaram da Operação Gideón, que pretendia o assassinato do Presidente da República, Nicolás Maduro. Nos áudios, o desertor Clíver Alcalá afirmou que “o povo de Leopoldo” o apresentou a Jordan Goudreau, proprietário da empresa Silvercorp, envolvida na tentativa de golpe.
A operação Gideon, segundo a mídia dos EUA, findou com 8 mercenários mortos. Para o governo da Venezuela, no entanto, foram 57 presos dos 62 mercenários envolvidos na tentativa de golpe e assassinato.
A notícia do The Wall Street Journal repercutiu entre os associados de Lopéz e do “presidente auto proclamado”, Juan Guiadó, que acusam Caracas de manobras. Para o jornal, a operação fracassada levou muitos diplomatas a questionar seu apoio a Guaidó. Um diplomata europeu teria dito: “Guaidó comprometeu suas credenciais democráticas, dá a impressão de que ele está tentando montar dois cavalos, um por meio de negociação e outro por meio do golpe”, revelou o jornal.
A rede de ligações entre a oposição venezuelana, mercenários estadunidense e o governo dos EUA, e seu envolvimento na operação fracassada que pretendia um golpe de Estado e o assassinato do mandatário da Venezuela, além das recentes movimentações militares dos EUA no mar do Caribe e em território Colombiano, revelam que o intervencionismo criminoso do imperialismo americano, que pode agredir a soberania do povo venezuelano em plena pandemia.