Desde o último sábado (7), já se encontram nas ruas os exemplares da edição nº 1.086 do Jornal Causa Operária (JCO). Nessa semana, o jornal mais antigo da esquerda brasileiro apresenta como destaque a chacina de Paraisópolis, que deixou nove jovens mortos e outros tantos feridos.
O JCO foi fundado em 1979, em meios às gigantescas greves do movimento operário contra a ditadura militar de 1964-1985. Desde então, o JCO se consolidou como um órgão de imprensa independente, capaz de defender intransigentemente os interesses dos trabalhadores. Nos últimos anos, o periódico vem adquirindo cada vez mais importância na organização do movimento de luta contra o golpe de Estado de 2016;
Na manchete e em um dos editoriais da edição nº 1.086, o JCO faz uma convocação para a II Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe. O evento, que será realizado em São Paulo nos dias 14 e 15 de novembro, será fundamental para discutir os próximos passos da luta contra os golpistas. Em outro editorial, o jornal chama a atenção para o desemprego, que vem crescendo assustadoramente no país e é um dos fatores que poderá levar o Brasil a uma explosão social.
Quem adquirir a edição nº 1.086 poderá ler, no interior do jornal, nada menos que seis matérias relacionadas ao massacre de Paraisópolis. Entre elas, está a nota do Coletivo de Negros João Cândido sobre o ocorrido, uma polêmica com os partidos de esquerda que apostam na manutenção da Polícia Militar (PM) e um editorial exigindo a dissolução da PM.
Como de costume, temas internacionais também não ficaram de fora da mais nova edição do JCO. As eleições uruguaias, bem como a luta do povo italiano contra o fascismo e os levantes na América Latina. constam nas páginas do periódico revolucionário. E, como não poderia deixar de faltar, várias matérias sobre o movimento operário, como a discussão sobre o acordo coletivo aprovado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), completam a edição.