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Ditadura

Jogadores podem falar de política?

Bolsonaristas querem implantar a ditadura, impondo o que pode e não pode falar

Nesses últimos dias, o assunto mais discutido pela imprensa esportiva, tem sido o comentário do craque e ex-jogador Raí, nascido na cidade de Ribeirão Preto (SP) em 1965. Hoje o ex-atleta é coordenador executivo do São Paulo, quando jogador do tricolor paulista, Raí foi campeão em 89, 91, 92 e 93.

O craque Raí levantou sua opinião política durante a semana, um comentário acertado pelo ex-jogador, comentando sobre o governo ilegítimo de Bolsonaro. Isso trouxe para Raí holofotes da imprensa e pressão interna dentro do próprio clube, uma ala bolsonarista do São Paulo, onde pedem a cabeça do dirigente.

– Um posicionamento atabalhoado, é o mínimo que se pode dizer. Naquele momento, por exemplo, que ele deu aquele depoimento em rede nacional… Ele está no limite, muitas vezes, da irresponsabilidade, quando ele vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde – disse o dirigente.

O dirigente do tricolor comentou sobre o discurso de Bolsonaro, que afirmou que a pandemia não passava de uma gripezinha, além de ser contra o isolamento social, pedindo o fim da “quarentena” e a volta dos trabalhadores para o mercado de trabalho no meio do auge da pandemia, sem ligar para os riscos que o Covid-19 oferece.

O ex-meia pede que Bolsonaro entregue o cargo, que nunca foi dele, eleito através de uma fraude eleitoral que vem decorrida do golpe de estado de 2016.

– Se perder a governabilidade, eu torço e espero uma renúncia para evitar o processo de impeachment, que sempre é traumático. Porque o foco tem que ser a pandemia. (O impeachment) não é uma coisa que tem de se pensar agora, energia nenhuma pode ser gasta nisso, mas se estiver prejudicando ainda mais essa crise gigantesca de saúde, sanitária, tem que ser considerado – opinou.

Vale ressaltar que o ex-jogador campeão do mundo pela seleção brasileira em 94, é irmão do Dr. Sócrates, ex-jogador alvinegro na década de 80, eleito o melhor jogador sul-americano em 83. O ex-craque, Sócrates, notabilizou-se também por sua militância política, liderou uma grande mobilização, organizando jogadores como Casa grande entre outros, liderando uma luta pela democratização do futebol, nascendo um movimento de luta política que existe até os tempos de hoje “democracia corintiana”, participando diretamente da “Diretas Já”.

Há uma grande polêmica no comentário de Raí, muitos dos capitalistas, que estão como abutres dentro dos clubes, que nada entendem sobre o assunto esportivo, acham que o profissional da categoria, deve apenas falar de futebol e nada mais. Uma polêmica que deve ser destrinchada pelos próprios jogadores e por toda organização popular de massa dentro dos clubes.

Uma repercussão levada em debate, sobre o que jogadores podem ou não podem falar, mostra a pressão e um ataque direto contra a própria Constituição, atletas da categoria são atacados, por serem completamente despolitizados. Diversos jogadores que não se interessa pela política em modo geral, acabam sendo levados de reboque pela política da direita.

A liberdade de pensamento é consagrada na Constituição Federal no artigo 5º, IV, ao dispor “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato” e finalmente no artigo 220, “a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”, ressaltando-se a redação de seu parágrafo 2º, segundo o qual “é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”.

O “terror do Morumbi” assim chamado pela torcida, mostrou completamente convicto da situação desastrosa do país, uma das piores crises econômica e política de todos os tempos.

Seu ex-companheiro de gramado, Caio Ribeiro, hoje comentarista da Globo, também atuou no São Paulo, criticou o coordenador, onde colocou que o ex-jogador Raí deveria apenas falar de futebol e não se envolver em assuntos políticos, jogando gasolina na pressão dos bolsonaristas do clube, onde seu próprio pai é membro do conselho, ala que pressiona a demissão de Raí.

Essa pressão em cima do craque, mostra que toda ala golpista que está infiltrada dentro dos clubes não apenas no time do Morumbi, querem privatizar o direito de pensar, não contentes querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que pertence a cada jogador, quando um fala e comenta algo que não agrada, golpistas dão um jeito de calar a boca de quem se manifesta ou até mesmo dar um golpe causando a expulsão ou a demissão de qualquer funcionário, assim é com jogadores, assim é a política de Bolsonaro.

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