Mais um caso de manifestação de racismo no futebol ganhou notoriedade essa semana. O jogador do Flamengo, Vinicius Junior, foi alvo de uma publicação, de teor racista, no Facebook, a publicação teve grande alcance.
Em um grupo da rede social um usuário ainda não identificado chamou o jogador de “macaco”, ilustrando o xingamento com uma foto do jogador tirada ao sair da partida em que o seu time venceu o Paraná. Rapidamente o post “viralizou”na rede social. O Presidente do Flamengo em entrevista demonstrou indignação com o caso e seu apoio ao jogador, o clube enviou um ofício ao Ministério Público por injúria racial.
A publicação foi apagada do grupo em que apareceu, porém “prints “ foram postados em grupos do time por outras pessoas.
O avanço da extrema-direita, impulsionada pelo golpe de Estado, e o aumento da exportação dos trabalhadores em geral e do povo negro em particular, também fruto golpe de Estado, faz aumentar o grau de racismo, como ideologia geral de explicação e regulação das relações entre os diversas classes e grupos étnicos-sociais dentro do Estado nacional.
O racismo como arma ideológica de dominação ganha novo impulso com estabelecimento do golpe e suas manifestações mais ou menos violentas tendem a crescer exponencialmente.
Logicamente, que o meio de combater o racismo e o que lhe dá vida (opressão e exploração do povo negro pela burguesia) não é aumentando o poder do Estado capitalista que oprime o negro, por meio do judiciário e da Polícia etc. É necessário uma luta intransigente contra os capitalistas, contra os golpistas que tomaram o Estado, contra a extrema direita que começa a levantar a cabeça em defesa dos direitos democráticos do povo negro. Em suma: é necessário derrotar o golpe é os golpistas e impor as reivindicações do povo negro a toda a sociedade.