Da redação – O candidato fascista ao Planalto pelo PSL, Jair Bolsonaro, como bom serviçal dos donos do golpe que é, afirmou neste domingo (21) que irá encaminhar uma proposta ao Congresso Nacional como uma das primeiras medidas, caso seja eleito pelas urnas fraudadas, para tipificar atos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) como terrorismo. A declaração, feita em uma transmissão para um ato que acontecia na Av. paulista, é uma ameaça aberta de caça às organizações de trabalhadores que lutam há décadas por dignidade, por terra, por moradia, que são tratados como lixo pela burguesia e que agora serão tratados como verdadeiros criminosos.
“Não vamos apresentar nada sem conversar com os parlamentares. Pretendo ter a certeza que essas propostas serão aprovadas de forma racional por parte do Parlamento […] Queremos tipificar as ações do MST e do MTST como terrorismo”, afirmou Bolsonaro antes em entrevista à TV Band.
Essa declaração, junto a outras tantas que Bolsonaro cedeu contra toda a esquerda nos últimos dois dias, liga um sinal de alerta no sentido da aliança aberta do fascista com o Alto Comando do Exército que vem ameaçando o povo há mais de um ano. Fica claro que a burguesia golpista e imperialista organiza a extrema-direita, que tomou o poder dos ministérios com generais, do judiciário também com um general, e, no primeiro turno fraudado avançou no legislativo, está organizando um golpe militar para, como disse o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, caçar fisicamente a esquerda em toda a América Latina.
A tipificação das ocupações de terras e imóveis como terrorismo vem também no sentido de armar legalmente os assassinos de sem-terra, que hoje já estão assassinando centenas de pessoas em chacinas com as polícias e o exército.
A política da extrema-direita se aprofunda a cada dia nas declarações e ações do candidato fascista, vemos seus seguidores espancando, torturando e matando pessoas nas ruas. Vale ressaltar também que parte das pessoas agredidas nem de esquerda eram, pois os “bolsonaristas” já atacaram diversas pessoas LGBTs, mulheres transgênero, mulheres que pareciam transgênero, mulheres e homens negros, e, principalmente, pessoas de esquerda.
É preciso organizar Comitês de Luta Contra o Golpe em todos os locais onde os trabalhadores tenham a possibilidade, na forma de Comitês de Autodefesa, de responder à ofensiva da extrema-direita, para barrar a crescente onda de violência da extrema-direita e mostrar que não são maioria.