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Racismo em agência bancária

Itaú chama polícia para mulher negra que sacava dinheiro em agência

Mulher negra é considerada criminosa por tentar sacar dinheiro em sua própria conta.

Mais um caso de racismo em agências bancárias ocorreu esta semana no Rio de Janeiro, no bairro da Penha. O caso ocorreu na quinta (30/01) quando uma mulher negra, Lorenna Vieira esposa do DJ Rennan da Penha, tentava sacar dinheiro da sua própria conta. De forma estranha seu cartão havia sido bloqueado, Lorenna então se dirigiu ao atendimento no qual uma das funcionárias pediu seu documento de identidade e afirmou não ser ela na foto e não era possível identifica-la, além de haver uma movimentação “não compatível” em sua conta. Lorenna explicou que somente o cabelo estava diferente, mas era ela mesma, poucos minutos depois antes que a situação se resolvesse, policiais civis chegaram à agência para detê-la por uma suposta fraude informada pelo banco. Lorenna foi levada pelos policiais à 22ª DP e prestou depoimento durante 20 minutos, tendo sido plenamente identificada pelo documento anteriormente apresentado à agência bancária.

Em publicação nas sociais Lorenna se disse humilhada e ter certeza de ter sofrido preconceito racial, até mesmo porque a funcionária que lhe atendeu foi a mesma que havia aberto sua conta, momento em que seu documento não havia sido rejeitado.

Em resposta ao caso o Itaú informou se tratar de um “procedimento padrão” em casos de suspeita de fraude e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero.

Obviamente, trata-se de um caso de racismo sim e é mais um dentre tantos outros cometidos diariamente em agências bancárias pelo país. Nos últimos meses diversos casos já foram relatados em que pessoas negras foram presas e agredidas por policiais e por vigilantes nas agências. Práticas que mostram como as instituições bancárias, ao invés de investir em sistemas de segurança via ferramentas tecnológicas, como cruzamento de dados, e equipamentos de proteção de funcionárias e clientes, faz uma propaganda completamente fajuta de que protege seu dinheiro, clientes e funcionários, mas que na prática há um constante desinvestimento, como retirada de portas giratórias, redução do número de vigilantes, redução constante do quadro de funcionários, fechamento de agências plenas e substituição por postos bancários sem estrutura etc.

Publicação de Lorenna no Twitter.

 

A dita fraude citada pelo banco no caso de Lorenna – não identificação pelo documento apresentado e a dita movimentação atípica – poderiam plenamente ser resolvido negando o saque, caso realmente ela não fosse realmente identificada. O fato de chamar a polícia imediatamente com a situação ainda não definida denuncia a prática puramente discriminatória orientada aos funcionários pela direção do banco, lembrando que a agência é localizada nas proximidades de um Mercado popular e num bairro periférico, ou seja, elementos mais que suficientes para uma atuação preconceituosa somente por se tratar de um negro com dinheiro na conta em uma região pobre.

Assim, como bem observaram diversos internautas sobre o caso, o Itaú nada fez no caso do acesso do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, Fabrício Queiroz, ex-policial e branco, que fez inúmeros saques na mesma agência do Itaú na ALERJ, saques que totalizaram cerca de 160 mil reais, algo muito além dos 1.500 reais na conta de Lorenna, que o banco fez questão de monitorar.

É preciso deixar claro que o racismo é uma das aramas de maior opressão da burguesia contra o povo pobre e não será por meio de campanhas de empoderamento ou, até mesmo, por ocupar uma profissão ou se tornar empresário de sucesso, que esta questão será suprimida. Somente é possível acabar com o preconceito racial lutando, como classe organizada, contra a burguesia pelo fim da opressão capitalista, lutando juntamente pela melhoria nas condições de vida, trabalho para todos, educação, saúde e moradia.

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