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Itália: traído, Salvini quer novas eleições

O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, divulgou um comunicado nessa quinta-feira (08) no qual pediu eleições antecipadas “o mais rápido possível”. Afirmou: “já que não há maioria no governo […] demos rapidamente a palavra aos eleitores”. E continuou: “é inútil seguir adiante entre vetos e disputas, como aconteceu nas últimas semanas. Os italianos precisam de certezas e de um governo que governe.”

A declaração do principal líder do governo italiano veio após mais um capítulo da extrema crise que assola a política do país. Na quarta, um tenso debate tomou conta do Senado, a respeito do projeto de linha de trem de alta velocidade que ligaria Turim à Lyon, na França. A Liga – partido de extrema-direita liderado por Salvini – é forte apoiadora do projeto, enquanto que o Movimento 5 Estrelas (M5S, na sigla em italiano), seu aliado no governo, boicota a proposta.

Isso, junto a um projeto na área de segurança, tem travado as atividades do governo.

Também na quinta-feira, antes da declaração de Salvini, a Liga já havia publicado uma nota exigindo novas eleições. “A Itália precisa de certezas e de escolhas corajosas e compartilhadas. É inútil seguir adiante com ‘nãos’, adiamentos, bloqueios e brigas cotidianas. Cada dia que passa é um dia perdido. Para nós, a única alternativa a este governo é dar a palavra aos italianos com novas eleições”, afirmou o partido.

A Liga, assim, tenta se desvencilhar do M5S, que na verdade é um “amigo da onça”, também de direita, mas que atua conforme os interesses do setor principal da burguesia imperialista, enquanto que a Liga obedece a um setor menor da burguesia, que defende uma política de protecionismo e não aliança com a União Europeia. Para o imperialismo, isso não interessa, uma vez que a UE é um órgão fundamental para a dominação dos grandes bancos e a submissão de todos os países europeus pelas potências capitalistas mais avançadas do bloco – Alemanha e França.

“Há o conhecimento de que, depois de tantas coisas boas feitas, fundamentais para o país, como grandes obras de infraestrutura, desenvolvimento econômico, aplicação de autonomias, energia, reforma da justiça e relação com a Europa, entre a Liga e o M5S existem visões diferentes”, complementou a Liga no comunicado.

Salvini já havia entrado em atrito com outros setores importantes da política tradicional italiana, como os partidários de Silvio Berlusconi, como com o primeiro-ministro Giuseppe Conte, o presidente Sergio Mattarella ou o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, do Partido Democrático. Todos esses respondem, cada um conforme a relevância de seus laços, aos interesses do principal setor da burguesia imperialista, e vêm se unindo contra a Liga.

O que enfatiza o caráter imperialista dos ataques contra Salvini – um fascista – é a tentativa de derrubá-lo do governo ao fazerem uma ligação entre a Liga e o governo russo. Está em processo de investigação e há um grande alarde pela imprensa burguesa italiana sobre o possível financiamento russo da campanha da Liga para as eleições europeias.

Entretanto, é nítida a vontade de retirar a Liga do governo de uma maneira fraudulenta, por ela não atender aos interesses da burguesia imperialista. Graças à sua política totalmente demagógica – típica de um partido fascista -, a Liga tem conquistado grande apoio da pequena-burguesia e de camadas da classe trabalhadora.

Segundo as pesquisas de opinião, Salvini poderia vencer novas eleições com 36% dos votos, gabaritando-0 para governar apenas com o apoio de um outro partido de extrema-direita, o pequeno Fratelli d’Italia. Outras, dizem até mesmo que ele poderia governar sozinho.

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