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PNAD aponta caos econômico

Isso a imprensa não fala: novos dados mostram aumento do desemprego

Quase 60% da força de trabalho está fora do sistema produtivo e pesquisa aponta para uma piora generalizada da situação

Seguindo sua incapacidade crônica em falar a verdade, a imprensa capitalista brasileira de conjunto divulgou o resultado do PNAD com forte viés de propaganda bolsonarista, apontando “evoluções” fantasiosas em relação ao mercado de trabalho para o último trimestre de 2019. É o caso do Estadão, que destaca “melhora gradual”, da supostamente crítica Folha de S. Paulo, que informa “tendência de queda” no desemprego e também do Globo, informando que “o País tem hoje 2 milhões de desempregados a menos do que tinha em abril de 2017”. Enquanto isso, para além das falsificações grotescas da propaganda desses grupos, que têm uma ou outra divergência muito pequena mas estão alinhados com o fascista Jair Bolsonaro no fundamento essencial de sua política de devastação, os dados do PNAD referente ao último trimestre de 2019 revelam, isto sim, uma verdadeira catástrofe econômica.

A primeira coisa importante de ser lembrada é que a chegada do verão tradicionalmente produz um aquecimento na economia brasileira. Afinal, trata-se de um período onde temos as festividades do final do ano, o turismo e toda a indústria que gira em torno do Carnaval. Por isso, 2/3 do último trimestre do ano se dá sob um momento “bom”. Se esse período é acompanhado por uma queda acentuada da produção industrial (-1,7% em novembro e menos 0,7% em dezembro), é sinal de que algo muito errado está acontecendo com a economia. Nesse sentido, a população desempregada (descontada os desalentados, dos quais vamos falar logo mais) diminuir de 11,8% para 11,2% não aponta para uma “tendência de queda” como diz a propaganda da Folha mas para um efêmero movimento mais fortemente concentrado nos trabalhos baseados numa superexploração ainda mais desumana que o habitual (mesmo para os padrões brutais do Brasil) e nos “bicos”, sobretudo nos setores ligados ao turismo, que se expande até o Carnaval, para depois refluir. Terminada esta temporada, a única “tendência de queda” que veremos daqui pra frente é a dos empregos. E o PNAD revela mais dados estarrecedores.

Segundo a pesquisa, entre trabalhadores domésticos (6,356 milhões), sem carteira assinada (14,353 milhões) e autônomos (25,363 milhões), temos mais de 46 milhões de trabalhadores em situação precária. Se somarmos a esse contingente os 11,632 milhões de desempregados e os 4,698 milhões de desalentados, a política de destruição da economia brasileira, vertiginosamente acelerada pelo regime golpista de Bolsonaro, marginalizou mais de 62 milhões de trabalhadores, um contingente humano muito superior a população da Argentina, segundo país mais populoso da América do Sul. Isso significa que a ruína econômica do Brasil, proporcionada pela política neoliberal, atingiu um grau de magnitude capaz de, um período de tradicional expansão, deixar quase 60% da nossa força de trabalho simplesmente inutilizada, fora do sistema produtivo, numa luta desumana de vida ou morte pela sobrevivência.

O quadro desolador revela a impossibilidade do país continuar submetido aos golpistas. Se a esquerda pequeno burguesa está numa situação que lhes permita esperar até 2022 (e não está, é uma ilusão suicida), o mesmo não se pode dizer da maioria do povo brasileiro. Quem precisa de trabalho não pode esperar mais. É preciso derrubar esse governo e todos os golpistas, responsáveis pela devastação econômica do País.

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