O governo de Israel liderado por Netanyahu suspendeu semana passada todas as liberdade individuais em nome ao combate contra o covid-19. O plano foi elaborado pela ministra da saúde Sigal Sadestky, e a Agência de Segurança de Israel, comumente conhecida por Shin Bet.
O debate foi levado ao Knesset, o parlamento israelita, onde a ministra apresentou o plano de total enclausuramento da população, argumentando ter sido o método usado pelos chineses, junto a um plano de monitoramento populacional total encabeçado pela Shin Bet. A agência teria direito de ultrapassar qualquer direito à privacidade, tendo acessos ao dados telefônicos entre outras coisas para cruzar informações sobre as pessoas investigadas.
O debate foi feito de forma nebulosa, a única medida expressa de forma clara foi o fato de “suspender as liberdade individuais” como reiterava a ministra.
O parlamento ficou dividido sobre o assunto, e muitos alegaram terem pouquíssimos detalhes sobre a operação a ser levada pelo governo para poder aprovar.
Face ao entrave no parlamento o poder executivo acabou adotando a medida passando por cima. Implementou a medida sob o guarda-chuva do estado emergencial.
As pessoas já começaram a serem presas:
Dystopian scene of a man in Tel Aviv being arrested for violating his coronavirus quarantine. pic.twitter.com/miEf8XzSDC
— Emanuel (Mannie) Fabian (@manniefabian) March 14, 2020
Israel adotou uma postura totalmente ditatorial. Um exemplos que pode ser seguido pelos demais países ditos democráticos. Essas medidas são apresentadas como medidas para enfrentar o vírus quando na verdade são oportunidades que a burguesia ver de fechar o regime.
Caso o regime realmente estivesse interessado, deveria movimentar a indústria para produzir matérias hospitalares, nacional as empresas, e focar as energias em salvar a população e não aproveitar para aumentar o controle e a repressão.