Nesta quinta-feira (13), Israel e Emirados Árabes Unidos anunciaram que chegaram a um acordo que normaliza as relações diplomáticas. As negociações tiveram participação do presidente dos EUA, Donald Trump.
Uma declaração conjunta dos líderes dos três países diz: “Este avanço diplomático histórico avançará a paz na região do Oriente Médio e é um testemunho da ousada diplomacia e visão dos três líderes e da coragem dos Emirados Árabes Unidos e de Israel para traçar um novo caminho que desbloqueará um grande potencial na região. Os três países terão muitos desafios em comum e terão benefícios mútuos com o acordo histórico de hoje.”
Diante do acordo com o país árabe, Israel anunciou a suspensão da anexação dos territórios da Cisjordânia. “Como resultado desse avanço diplomático e da solicitação do presidente Trump com o apoio dos Emirados Árabes Unidos, Israel suspenderá a declaração de soberania sobre as áreas delineadas no [documento] ‘Visão para a Paz do Presidente’ e agora concentrará seus esforços na ampliação dos laços com outros países do mundo árabe e muçulmano ”, destacou.
Após o anúncio, o primeiro-ministro israelense escreveu no Twitter que hoje era um “dia histórico, porém indicou que a suspensão era temporária, não havendo alterações nas suas intenções a este respeito, acrescentando que espera que a anexação seja feita com coordenação de Washington.
Hamas e Fatah, dois dos principais movimentos palestinos, rejeitaram o acordo. O porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, disse: “Este anúncio é uma recompensa pelos crimes da ocupação israelense”.
Já Abbas Zaki, membro do comitê central do Fatah, disse que o acordo mostra “a dependência absoluta dos inimigos da nação árabe.” E que “a medida é equivalente à “eliminação total de todas as decisões das cúpulas das nações árabes”. O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, convocou uma reunião de emergência das autoridades palestinas.