Um estudo da Unafisco mostra que isentar faixa salarial de até R$ 3 mil beneficiaria 4,3 milhões de contribuintes. A Associação Nacional dos Auditores da Receita Fiscal fez o apontamento lembrando que a a faixa de isenção atual é para quem tem renda inferior a R$ 1.903,98 por mês, uma grande parcela da população brasileira.
De acordo com os cálculos, a falta de correção da tabela do Imposto de Renda, que está defasada desde 1996 e acumula perda de 103,87%, faz com que 13 milhões de contribuintes sejam “abocanhados” pelo Leão, um verdadeiro escárnio com o povo que dá o seu suor para que os grandes capitalistas fiquem cada vez mais ricos.
Nesse sentido, a publicação foi feita levando em contas as próprias promessas eleitorais do fascista ilegítimo, o Presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL, hoje sem partido), que disse em campanha eleitoral que ampliaria a faixa de isenção do IR, em meados de 2018. Mas voltou a repetir a promessa em janeiro de 2021, fazendo demagogia eleitoral e pensando em sua campanha para 2022.
O estudo aponta ainda que se fosse cumprido o prometido, pelo menos na faixa de isenções, 4,3 milhões de contribuintes seriam beneficiados. O que representaria uma redução de R$ 73,87 bilhões na arrecadação do governo federal. Mas aí é feita a pergunta: de onde tirar os recursos para cobrir essa “perda”?
Para o presidente da Unafisco, Mauro Silva, ”bastaria cortar alguns privilégios tributários como isenção de IR sobre lucros e dividendos, reduções de tributos a empresas do Simples e a igrejas e entidades filantrópicas”. Juntas essas isenções somaram mais de R$ 400 bilhões no ano passado.
“Temos de onde tirar se cortarmos privilégios tributários, mas é preciso que saiba o quanto custa e que terão que enfrentar esses privilégios. Tem que tirar do lugar certo”, afirmou ele.
Números como os apresentados no estudo mostram o verdadeiro assalto que a burguesia submete a classe operária diariamente, portanto é de total normalidade que a população se revolte contra esses verdadeiros sanguessugas do trabalho alheio.
É importante relacionar a questão com a crise econômica e o grande desemprego – mais da metade da força de trabalho do país está inativa, algo nunca antes visto, então essas medidas poderiam beneficiar a maior parte dos trabalhadores, movimentando a economia, incentivando e reaquecendo-a.
Mas, pelo contrário, a política de Bolsonaro e dos golpistas, ditos democratas, é beneficiar somente os grandes empresários e banqueiros, deixando o povo pobre morrer de doença, sem emprego e sem renda.
Finalmente, é inútil acreditar que um governo que foi colocado pelo imperialismo através de uma grande fraude – golpe em Dilma, prisão do Lula, etc – trataria de fazer algo para mudar a situação do país que se destruiu completamente setores estratégicos com privatizações e entregas de bandeja para o capitalismo internacional.
Para que a situação vire, somente com a povo na rua e as palavras de ordem por Fora Bolsonaro e todos os golpistas e a restituição dos direitos políticos do homem mais popular do país e uma campanha pela sua presidência, Luiz Inácio Lula da Silva.