Da redação – Nesta terça-feira, um promotor francês abriu uma investigação sobre o financiamento da campanha presidencial de 2017 de Emmanuel Macron, atual presidente francês. O caso seria para descobrir a fonte de mais de 140 mil Euros.
Ao mesmo tempo, nestes últimos dias, ocorreram diversas manifestações contra o governo Macron. Manifestações com mais de 200 mil pessoas (segundo a imprensa imperialista) tomaram conta das ruas de Paris e outras cidades francesas.
Porém, existe uma situação estranha. Justamente na França, país da luta política, onde todo mundo organizado faz parte de um partido, um sindicato ou algo do tipo, a manifestação foi realizada por um grupo apelidado de “Gilets Jaunes” (coletes amarelos, em francês). Um grupo aparentemente apartidário que surgiu do além, movimento ao estilo do que o imperialismo tem utilizado nos últimos anos para levar adiante golpes de estado em diversos países.
Não se pode afirmar com certeza que está em marcha um golpe contra Macron. Mas existe existem estes indícios. De qualquer forma, a abertura de um inquérito contra Macron demonstra que a burguesia já está criando alguma maneira de derrubar o governo, se for necessário.
Obviamente que a decisão não é imediata. Basta ver o caso de Michel Temer no Brasil. Em um momento a burguesia abriu um processo para derrubá-lo, mas o cálculo feito foi de que não era interessante fazer isso naquele momento. Mesmo assim, colocaram o governo na linha.
É preciso levantar a hipótese. O governo Macron é muito impopular e chegou até a matar um manifestante recentemente. O governo tem gerado diversas manifestações contrárias a ele, inclusive em setores do movimento operário. Por isso, provavelmente, não deve ser um governo favorável para a estabilidade política da burguesia francesa.