Nesta quinta-feira (4), um navio petroleiro iraniano de 330 metros foi apreendido pela autoridades gibraltinas. O navio Grace 1 saiu dos portos iraniano, fazendo todo o contorno do continente africano para poder entregar uma carga de petróleo cru às refinarias sírias, pois tivesse passado pelo canal de Suez a apreensão teria sido certa.
Desde de 2011 a União Europeia impõe um impiedoso embargo econômico à Síria, de modo a sufocar a economia do país e botá-los de joelhos diante a política imperialista que tenta dominar o território. Esse embargo foi usado como justificativa para apreender o petroleiro iraniano. As autoridades iranianas não reconhecem o embargo como legítimo, coisa que nem a ONU, que normalmente adota o lado imperialista, reconhece.
O território de Gibraltar é um território ultramarino do Reino Unido reivindicado pela Espanha, mas foi à pedido de Trump, que vem acirrando sanções econômicas contra o Iran desde abril do ano passado, que os britânicos realizaram a apreensão. Em 2015, Irã e USA assinaram um tratado que limita as pesquisas iranianas sobre urânio enriquecido em troca de liberdade para fazer acordos econômicos internacionais, porém, desde abril de 2018 Trump vêm aumentando às sanções econômicas sobre a exportação iraniana de petróleo. O país que exportava 2,5 milhões de barris de petróleo por dia, agora exporta somente 300 mil bpd (barris por dia).
Mohsen Rezai, um antigo comandante da Guarda Revolucionária do Irã disse que caso as autoridades britânicas não soltem o navio, será “tarefa das autoridades apreender um navio-petroleiro britânico”.
As tensões estão aumentando, os Estados Unidos acirra cada vez mais a guerra econômica contra as potências orientais (Rússia, China e Irã), que lutam contra a domínio dos EUA e dos europeus no Oriente-Médio. A pirataria cometida pelo R.U, as sanções econômicas americanas e o embargo na U.E, são práticas genocidas do imperialismo impostas internacionalmente através da força bélica. Devemos denunciar tais práticas como ilegítimas e nos posicionar ao lado do governo iraniano e do governo Sírio.