Irã apresenta uma novidade no combate ao coronavírus. Através da detecção de oxigênio reativo no escarro, o dispositivo é capaz de identificar quem está infectado. Segundo informações do Conselho Presidencial de Inovação em Nanotecnologia do Irã, o sistema desenvolvido pelo país persa é capaz de detectar o coronavírus em apenas 30 segundos.
O método chamado de RDSS caracteriza-se por ser não invasivo e consegue determinar a situação do paciente através da expectoração ao contrário da análise sanguínea, fornecendo resultados com mais de 97% de confiabilidade. O processo de detecção procura o que é conhecido como ROS (Reactive Oxigen Species) [ em português: espécies reativas de oxigênio], que são produzidas quando os pulmões abrigam o coronavírus. Embora o PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) seja o método de teste dominante para o coronavírus no mundo, ele apresenta deficiências, pois a pessoa testada é obrigada a esperar pelo menos 48 horas pelos resultados. Além disso, o PCR pode dar negativo mesmo a pessoa tendo sido infectada, o que a obriga a um novo teste. Com essa nova tecnologia apresentada pelo Irã, tudo o que você precisa fazer é cuspir em um recipiente especial e entregá-lo ao técnico. Por conseguinte, um sensor eletroquímico feito de materiais nanoestruturais sensíveis é colocado na amostra de escarro fresco gerando resultado que pode ser visto imediatamente em um pequeno monitor. Vale destacar que o RDSS resolve a possível falha na detecção do coronavírus, mesmo nos casos em que os sintomas não são detectados.
Até o momento, o Irã é o único país que faz uso desse sistema. De acordo com o Conselho da Iniciativa de Nanotecnologia, o novo dispositivo não tem como objetivo substituir o método de PCR, sendo portanto um sistema de teste independente ou até mesmo complementar ao PCR; principalmente nos casos suspeitos que precisam de um segundo teste.