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Torcida virtual

Invenções para substituir a torcida, a cara do “futebol moderno”

Na tentativa de substituir as torcidas, a moda da vez são os telões para preencher o vazio nas arquibancadas e DJs para enfrentar o silêncio.

Com o retorno do futebol num momento crítico da pandemia no Brasil, onde as aglomerações das torcidas seriam importantes focos de contágio, a cada dia aparece uma nova parafernália para tentar contornar o clima de cemitério que envolve os jogos sem torcida.

No retorno do campeonato estadual do Rio Grande do Sul, com o clássico Internacional X Grêmio (o famoso Grenal), os substitutos da torcida real foram cinco telões com imagens de torcedores e um DJ, que intercalava cantos de apoio gravados com vaias e reclamações, tentando simular o comportamento da torcida do Inter.

Outro exemplo parecido ocorreu em Minas Gerais no jogo entre Cruzeiro e URT (União Recreativa dos Trabalhadores). Não foram instalados telões, neste caso apenas o DJ foi utilizado.

Não podemos perder de vista que, além do grave risco ao qual os profissionais e suas famílias estão sendo expostos, essas tentativas de substituição das torcidas neste momento de pandemia fazem parte de uma longa campanha da burguesia contra as torcidas organizadas e representam mais um ataque à cultura do futebol.

O papel do torcedores nos jogos, em especial aqueles organizados nas torcidas, é parte essencial do fenômeno cultural que envolve os jogos de futebol. Sem dúvida nenhuma o futebol só se tornou o esporte mais popular do mundo porque sua história foi marcada ao longo dos anos pela paixão dos torcedores.

A intensa pressão pela volta dos campeonatos, além de atender aos interesses dos capitalistas que lucram alto com o esporte, atua em sintonia com o afastamento do povo dos estádios. Antes da pandemia, as principais ações da burguesia nesse sentido eram a criminalização das torcidas organizadas e o estabelecimento de preços muito altos nos ingressos.

Estas ações miram justamente os torcedores mais pobres, que são os grandes responsáveis pela imensa popularidade do futebol. O resultado dessa seleção econômica de torcedores já era perceptível pelo contraste entre os comportamentos da torcida nos diferentes setores dos estádios.

Se o plano da burguesia de ampliar os setores mais caros e limitar o acesso aos estádios dos torcedores mais pobres fosse levado às últimas consequências, além do inevitável esvaziamento dos estádios ficaria ainda exposta a apatia desses torcedores mais abastados em relação àqueles que ficam de fora.

Essa tentativa de elitização de elementos da cultura popular tende naturalmente ao fracasso, mas precisa ser combatida ainda assim. Um exemplo disso é o próprio Carnaval, festa mais popular do país, que mesmo com a poderosa interferência econômica e política da burguesia acaba sempre conseguindo fugir do seu controle. Isso ficou bastante claro nas manifestações políticas que vêm ocorrendo nos carnavais desde o golpe de Estado de 2016.

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