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Sentimento anti-imperialista

Invasão à embaixada dos EUA mostra radicalização popular no Iraque

Milhares de iraquianos ocupam complexo diplomático dos EUA em Bagdá em protesto contra a ocupação norte-americana e os assassinatos de combatentes anti-imperialistas

A política de opressão e ataque aos povos e nações indefesas perpetrado pelo imperialismo tem feito crescer em todo o mundo o sentimento anti-imperialista, que vem se manifestando em revoltas e levantes populares nas mais diversas regiões do planeta. Nos países e regiões onde a presença do imperialismo é mais impactante e destrutiva, a reação tem se intensificado, com mobilizações e lutas que vem colocando em xeque a própria dominação político-militar imperialista.

No Oriente Médio e região do Golfo Pérsico, geograficamente uma das regiões mais afetadas pela presença indelével do imperialismo, o sentimento contra esta força de opressão e esmagamento dos povos vem se desenvolvendo e assumindo contornos de revoltas populares, onde vem se verificando enormes mobilizações e atos contrários à política dos Estados Unidos e seus aliados, os países da própria região que respaldam os interesses ianques em oposição às lutas e os direitos dos povos e das nações à sua autodeterminação.

O mais recente episódio deste crescente sentimento anti-imperialista que toma conta da região aconteceu no Iraque, país destruído nos anos noventa do século passado pela política de rapina do grande capital imperialista, comandado pelos EUA, auxiliado por seus satélites europeus (Inglaterra, França), que promoveu uma verdadeira carnificina genocida contra a população iraquiana, hoje mobilizada e em luta contra a ocupação e o governo fantoche pró-imperialista, mantido e sustentado pelas grandes corporações norte-americanas que se apoderaram das riquezas do País, explorando-as em prol do grande capital usurpador e assassino.

Em resposta a um ataque executado por forças militares norte-americanas no domingo, dia 29 de dezembro, que deixou um saldo de 25 mortos das brigadas do Kataeb Hezbollah, um grupo armado xiita iraquiano, supostamente apoiado pelo governo iraniano, milhares de manifestantes iraquianos entraram na embaixada dos Estados Unidos em Bagdá na terça-feira (31/12), em protesto contra os bombardeios norte-americanos. O País vem sendo abalado desde 1º de outubro por uma revolta popular que tomou conta das ruas da capital e outras cidades. Oficialmente o que se divulga é que os protestos são motivados pela corrupção e incompetência do governo. No entanto, a verdadeira motivação está no fato do País  ser governado por um regime pró-imperialista, submisso aos ditames das grandes corporações e monopólios capitalistas, que controlam toda a vida da população iraquiana.

A luta da população e o levante popular das massas está dirigida, portanto, não contra a “corrupção e incompetência” das autoridades, mas é a expressão do sentimento e da revolta popular contra o imperialismo, contra a opressão do País pelas forças de ocupação que sustentam o governo fantoche, inimigo do povo, títere do grande capital, que oprime e massacra a população. Este sentimento ficou patente nos atos e nos protestos, quando os manifestantes atearam fogo na bandeira norte-americana, em repúdio aos assassinatos dos combatentes do Kataeb Hezbollah, vitimados pelos bombardeios ianques.

O que aconteceu pode ser descrito da seguinte forma: “Os milhares de manifestantes que participavam do cortejo fúnebre dos combatentes mortos em Bagdá nesta terça conseguiram atravessar pontos da capital iraquiana sob forte controle de segurança e se reuniram em frente ao grande complexo diplomático dos EUA. A ação começou com uma oração em memória aos mortos e depois seguiu com um protesto que invadiu a primeira barreira de proteção da sede diplomática. Os manifestantes pró-Irã queimaram bandeiras norte-americanas aos gritos de “Morte à América”, arrancaram câmeras de segurança, atiraram pedras nas torres dos guardas e cobriram o vidro blindado com bandeiras das Forças de Mobilização Popular e das brigadas do Kataeb Hezbollah” (Sítio RFI, 31/12).

O que não se pode desconhecer e ocultar é que as crescentes revoltas e os levantes populares em todas as regiões, mas principalmente na conflagrada região do Golfo Pérsico contra o imperialismo, são a expressão do enorme sentimento anti-imperialista que toma conta dos povos e nações ao redor do mundo contra o jugo e a opressão do grande capital. A gigantesca crise do capitalismo e da sua etapa terminal, o imperialismo, impulsiona e coloca em movimento todas as forças populares ao redor do planeta contra a política de destruição do grande capital, dos monopólios e das corporações. Portanto, a luta dos povos no limiar da nova década cada vez mais se coloca contra o inimigo maior da humanidade, o imperialismo, luta que somente pode ser vitoriosa se estiver dirigida contra o coração do sistema capitalista, pela abolição do regime de propriedade privada e pela socialização dos meios de produção, em direção ao comunismo.

 

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