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Intervenção militar não é campanha eleitoral, é golpe de Estado

A intervenção militar no Rio de Janeiro foi apresentada pela imprensa burguesa como resultado da “violência” que o estado está vivendo e para o combate ao “crime organizado”. Tudo mentira. Mas os reais motivos fizeram a esquerda se confundir completamente diante do problema. A intervenção jogou o conjunto da esquerda brasileira em uma confusão gigantesca.

Uma das primeiras versões da intervenção foi que ela seria uma manobra eleitoral do governo Michel Temer. Isso significaria que a prioridade da burguesia seria lançar Temer como presidente. E Temer, para agradar algum eleitorado, resolveu lançar mão dos militares no Rio de Janeiro. Nessa versão, a burguesia teria dúvidas sobre os tucanos que poderiam concorrer à presidência e teriam Temer como garantia. Essa, por sinal, é a versão apresentada pelo jornal Estado de S. Paulo, de que tudo não passaria de uma manobra político eleitoral.

Em uma operação de grande escala como essa, o Exercito colocou sob intervenção o segundo mais importante estado do Brasil, e isso deixa claro que essa intervenção não foi determinada pela segurança pública. O que acontece no Rio, a questão da criminalidade, acontece no Brasil todo, e isso já faz muito tempo. Nada de novo aconteceu nesse sentido.

A intervenção tem outro propósito, e não é fazer campanha eleitoral para Temer. Os militares não vão se submeter às manobras políticas de presidente, etc. É evidente que as forças armadas estavam planejando a intervenção faz muito.

Com a intervenção, as Forças Armadas estão ocupando um espaço político no Brasil; agora assumem um papel importante nesse regime. Ocuparam o Rio,  todo o aparato de segurança pública está nas mãos do Exército. Tem um pressão da imprensa para acabar com esse aparato, e colocar no lugar pessoas ligadas aos interventores militares. O fato é que o está acontecendo é a militarização da situação política nacional. A intervenção do Rio de Janeiro faz parte da política dos setores mais duros do golpe. Esses são os fatos a serem analisados.

Podemos dizer que toda essa esquerda recuou diante do golpe de Estado. As palavras de ordem dessa esquerda durante todo andamento do golpe foram totalmente confusas. A esquerda em todos os momentos recuou diante do golpe, e agora com os militares, recuou ainda mais. Ninguém pede o fim da intervenção e deixam os militares ocupar um papel fundamental no regime político do país.

Se os militares quiserem se apossar do poder eles estão em uma posição favorável, diante da ocupação do Rio de Janeiro. Se eles quiserem tomar o regime por dentro, mantendo uma fachada democrática, também eles estão em uma posição favorável.

O fato é que não estamos diante de uma manobra lateral, temos aqui a penetração das Forças Armadas em um ponto chave do país. Tudo depende, agora, que eles consigam manter a ocupação sob determinada normalidade.

É preciso fazer campanha contra a intervenção, o povo é contra a invasão militar

A população nas favelas é contra a intervenção militar, de uma maneira esmagadora (O Partido da Causa Operária panfletou nesses setores) é praticamente unânime a oposição à intervenção. O país está ameaçado de liquidação de direitos da população, todo dia mostra isso ai, e é possível surgir uma ditadura militar com cobertura de instituições civis. As ditaduras, por exemplo, nunca fecharam o judiciário.

É uma campanha que deve tomar todas as favelas ocupadas pelos militares, organizar os comitês contra a intervenção e contra o golpe de Estado.

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