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Contra o genocídio

Interesses dos estudantes devem se sobrepor aos das escolas

Pais, alunos, professores e trabalhadores da educação devem se organizar para a luta contra a reabertura das escolas durante a pandemia

A rejeição da volta às aulas em meio a pandemia do coronavírus, um genocídio que atingiu a provavelmente já mais de 200 mil mortes no país, se expressa na opinião tanto dos sindicatos dos professores, quanto pela esmagadora maioria dos estudantes e inclusive dos pais dos alunos.

Por exemplo, em pesquisa realizada na cidade de Santos, em São Paulo, 8.186 famílias responderam à pesquisa, 80% preferem que o retorno se dê apenas em 2021. O próprio Datafolha divulgou uma pesquisa em em que 66% da população se declarou contrário ao retorno presencial das aulas no meio da pandemia.

A pesquisa também apontou que dentro dos entrevistados com menor salário, até 2 salários mínimos, há o maior número de pessoas contrárias à reabertura das escolas, com apenas 29% delas defendendo a medida, enquanto 51% de quem ganha acima de 10 salários mínimos prefere que as escolas abram.

Lobby de escolas particulares e tubarões da educação

O presidente da Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar), Artur Fonseca, afirmou que a ciência e a saúde devem dizer como voltar às aulas com segurança, mas jamais discutir se devemos retornar.

“Apenas durante o impedimento nós poderíamos pensar em educação não presencial. Para as crianças menores e especialmente para as pessoas mais vulneráveis a escola é um instrumento de avanço social. Todos os mais vulneráveis dependem da educação presencial. O secretário não está inventando nada. Estamos repetindo aquilo que aconteceu em todo o mundo civilizado”, defende um dos representantes do que há de pior: os tubarões da educação.

“A essa altura da pandemia já temos mais informações sobre transmissão, tratamento e o que devemos fazer. Está mais do que comprovado que a volta às aulas é melhor do que o isolamento”, destacou cinicamente uma professora da USP, com suas prioridades bem alinhadas com o Governo do palhaço assassino, João Dória (PSDB), que declarou o retorno das aulas presenciais em fevereiro, ”morra quem morrer”, como diria um administrador da direita bem sincero.

Maior sindicato do país rejeita a proposta

A APEOESP, Associação de Professores Estaduais do Estado de São Paulo, é o maior sindicato do país e da América Latina com 180 mil professores filiados. Cumprindo um papel fundamental e dando um importante passo para lutar contra os ataques ao trabalhadores, a população pobre e na luta contra crise econômica e de saúde pública devido a pandemia, eles se colocam radicalmente contra a abertura genocida:

“É muito irresponsável a volta às aulas presenciais, sobretudo no contexto da escola pública. Não temos uma estrutura nas escolas. Não podemos fazer o distanciamento, em muitos locais as salas foram improvisadas. Temos até bibliotecas que viraram salas de aula. Não tem arejamento, claridade, não temos sequer espaços abertos para dar aula ao ar livre”, explica Maria Izabel, presidente do sindicato.

É preciso uma luta de conjunto contra o genocídio da reabertura

A posição dos pais dos estudantes, os próprios alunos e dos professores refletem os interesses de classes, não é a toa que dentro do maior número de pessoas contrárias a medida na pesquisa do Datafolha a maior tratava-se de gente que recebia até dois salários mínimos, ou seja, é uma rejeição que reflete a situação econômica, como tudo deve ser analisado, de acordo com a política do marxismo.

O movimento que vai contra o conjunto dos políticos direitistas que querem forçar a reabertura e enviar os alunos, professores e demais trabalhadores da educação para o matadouro precisa impôr uma grande mobilização de maneira independente, indo de encontra aos interesses dos capitalistas que lucram com a exploração e que neste momento já têm o aparelho do Estado para proteger seus interesses.

Finalmente, para impedir de fato a reabertura, é necessário organizar a reação, iniciando greves, assembleias, uma grande movimentação envolvendo estudantes, jovens e trabalhadores da rede de ensino para manter crianças e adolescentes seguros dentro de casa e longe do perigo da contaminação em massa que se aproxima com a volta presencial das aulas na rede pública e privada.

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