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A esquerda que não quer lutar

Integralistas: meia dúzia de gatos pingados? A volta dos cegos

A esquerda fecha os olhos para o perigo do fascismo porque não quer lutar contra ele

Quando os primeiros direitistas saíram nas ruas para pedir a intervenção militar, logo depois das manifestações de 2013, a maior parte da esquerda pequeno burguesa afirmava que aquilo não passava de “meia dúzia de gatos pingados”. Segundo os que afirmavam isto, não seria necessário se preocupar com a direita fascista.

Conforme o tempo foi passando, cada manifestação da direita era maior, assim como a própria presença daqueles que defendiam abertamente a ditadura e a intevenção militar. Para resumir a história, a meia dúzia de gatos pingados” se transformou em muitos milhares que inclusive serviu como propaganda para a imprensa golpista, que passou a afirmar que milhões estavam nas ruas. Dilma foi derrubada, Temer assumiu, os fascistas continuaram nas ruas e hoje temos um governo de extrema-direita, composto justamente pelos defensores da ditadura e do golpe militar.

Ao dar a notícia sobre o encontro de Integralistas que ocorreu no centro de São Paulo no último fim de semana, matéria do DCM afirma: “desafinados, meia dúzia de gatos pingados exumam o Integralismo em São Paulo”. Chama a atenção a repetição do erro de subestimar os fascistas. Não que esses seguidores de Plínio Salgado não sejam ridículos, mas não se deve trocar a chacota pela avaliação política séria. Sem esta última, a chacota serve apenas para fechar os olhos diante de problemas políticos sérios.

E é disso que se trata. No momento em que a extrema-direita fascista está no governo, impulsionada pela política da direita “oficial”, que soltou seus cachorros contra a esquerda e acabou sendo engolida pelos bolsonaristas, a manifestação dos integralistas faz parte desse movimento geral. Se é verdade – e devemos avaliar a realidade disso – que esses integralistas são apenas “meia dúzia de gatos pingados” não é verdade que devam ser subestimados. A polarização política favorece o crescimento desses grupos e isso é o fundamental para a análise.

Outra coisa que deve ser levada em consideração é que o integralismo é o fascismo brasileiro mais “puro sangue”. Isso significa que uma reorganização desse grupo pode estar expressando uma tendência mais profunda do que os “meia dúzia” que estiveram no Anhangabaú, em São Paulo. Isso tudo deve ser levado em consideração.

“O pior cego é aquele que não quer ver” e a esquerda brasileira está padecendo desse tipo de cegueira. Ela não quer admitir o perigo da extrema-direita e do fascismo porque não quer lutar contra ele.

Da mesma maneira que a maior parte da esquerda se recusou até o último momento a aceitar que havia perigo de golpe no Brasil e portanto não seria preciso partir para uma política dura de luta contra a direita golpista, a esquerda nega o perigo do fascismo porque não quer lutar contra ele.

É mais fácil convencer a si mesmo e em consequencia os outros de que não há problema, de que não há perigo e que basta acreditar nas eleições e no “bom funcionamento” das instituições “democráticas” que tudo se resolve. Em geral, qualquer pessoa normal reage energicamente diante do primeiro sinal de incêndio dentro de uma casa, mas quando se trata de política essa lógica parece não funcionar da mesma maneira. A esquerda prefere esperar o fogo se espalhar.

Enquanto isso, o prõprio Bolsonaro e seu novo partido de extrema-direita adotaram o lema integralista, ou seja, só isso já demonstra que não se trata de “meia dúzia de gatos pingados”. É preciso reagir à extrema direita e o fascismo diante do menor sinal. A política correta é acabar com eles antes que se desenvolvam. Ficar esperando é brincar com a vida da população que é o principal alvo dos fascistas.

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