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Fora Bolsonaro e os golpistas!

Inimigo da cultura, Governo não toma nenhuma medida no setor

Governos proíbe eventos culturais e não apresenta nenhuma contrapartida para auxiliar os que dependem da renda dos eventos a passar pela crise.

A pandemia do coronavírus vem preocupando o mundo todo desde o final do ano passado. Mesmo assim, só há aproximadamente um mês o Brasil começou a sofrer com os impactos causados pelo coronavírus, quando tiveram inicio as recomendações de isolamento social pelos governos. Dentre essas medidas está a proibição de eventos culturais para evitar aglomerações. Desde então os artistas e trabalhadores do setor cultural vem sendo duramente atingidos pela impossibilidade de trabalhar, principalmente se contarmos que a maioria esmagadora que compõe o setor trabalha de forma autônoma, ou seja, só há rendimentos se houver trabalho.

A situação é ainda mais grave porque ao mesmo tempo em que os governos proíbem os eventos culturais, não apresentam nenhuma contrapartida para auxiliar os que dependem da renda dos eventos a passar pela crise de forma minimamente digna. Nenhuma medida foi tomada e tudo o que existe são promessas feitas há um mês pela secretaria da cultura do governo Bolsonaro através da sua secretaria Regina Duarte, em relação aos projetos beneficiados pela lei Rouanet. Em um vídeo de alguns segundos a secretária anuncia medidas como possibilidade de alteração de projetos em fase de execução; aumento do prazo para realização do evento; possibilidade de movimentação de recursos do projeto, etc. Acontece que passado um mês, nenhuma das medidas apresentadas começou a valer.

No entanto, ainda que estivessem sendo postas em prática, nenhuma das medidas propostas têm a capacidade de efetivamente amparar os trabalhadores do setor cultural durante a crise. Por exemplo: de nada vale aumentar o prazo de execução do evento se enquanto não acontecer o evento os artistas estiverem passando fome. Além disso, se aplicariam apenas a projetos específicos, já amparados pela Lei Rouanet; os demais artistas, ou seja, a grande maioria, continuaria completamente abandonada pelo Estado.

Não é de hoje que o governo Bolsonaro e a direita se colocam como inimigos da cultura. Está claro que para eles a cultura não tem importância,  e isso em nada mudou com o a saída do ex ministro da cultura, Roberto Alvim e nomeação de Regina Duarte. Todos que compõe o governo Bolsonaro estão a serviço do fascismo, alguns de forma aberta e outros de forma velada. Esperar que alguma medida satisfatória surja espontaneamente deste governo é pura ilusão.

Por outro lado, muitos artistas estão recebendo ajuda de quem menos tem, da população, da classe trabalhadora, que em momentos de crise naturalmente tendem a se unir para sobreviver. No pais todo aparecem relatos artistas independentes recebendo ajuda da população, como em Ribeirão Preto onde artistas de circo têm recebido alimentos e produtos de higiene dos moradores da região. Através de iniciativas como esta e de várias outras a classe trabalhadora indica o caminho que deve ser tomados: o da mobilização popular. Os artistas devem se unir à classe trabalhadora e também participar da mobilização popular. E para além de ajudarem uns aos outros,  também exigir a derrubada do governo fascista que massacra a população em detrimento dos interesses dos capitalistas.

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