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Pobres são os que mais sofrem

Inflação acumula quase 6% em 12 meses

A inflação neste ano subiu 4,85%, enquanto nos últimos 12 meses a alta foi de 5,82%. A burguesia tenta mostrar que controla a situação, sendo que a realidade é totalmente oposta

A inflação é motivo de desespero para os trabalhadores no ano de 2020. Somente neste ano, o aumento da inflação oficial no Brasil é de 4,85%, enquanto nos últimos 12 meses ela chega a 5,82%. Isso significa dizer que o preço de tudo o que é comercializado no país teve em seu conjunto um aumento na proporção apresentada, ao mesmo tempo em que o desemprego bate recordes.

Os produtos que mais tem subido são justamente aqueles que mais fazem falta para os trabalhadores, exemplo disso são alimentos que são tradicionais na mesa dos brasileiros, como o arroz, o tomate, o feijão, a batata, a cebola, o óleo de cozinha, a carne (que praticamente sumiu das dietas dos trabalhadores) e o combustível, além das passagens aéreas, que inflacionaram por conta da queda drástica nas viagens durante a pandemia.

A relação entre o desemprego e a inflação é uma das primeiras coisas comentadas nos cursos e manuais básicos de economia. A tendência natural, segundo a visão da política econômica da burguesia, é que quando um dos índices abaixa, o outro sobe, e vice e versa. Sendo assim, a burguesia acaba muitas vezes controlando a inflação aumentando o desemprego, ou aumenta a inflação para diminuir o desemprego. Outros mecanismos utilizados são o aumento ou a queda de juros e impostos.

No entanto, a situação é tão dramática que nenhuma das medidas que a burguesia toma acabam surtindo efeito. Sendo assim, nada do que dizem os manuais e os economistas burgueses apresentam para conter a crise é o suficiente. Isso se dá justamente pelo fato de que há uma crise mundial gigantesca, que já vinha se desenhando antes da pandemia, mas que ganhou intensidade por conta desta.

A situação no Brasil é ainda pior por conta da destruição econômica que se dá no país após o golpe de estado. Uma das coisas que os economistas burgueses ignoram é que a inflação e o desemprego são fruto da falta de desenvolvimento industrial de um país, já que a inflação é gerada por uma alta na procura de produtos sem que a indústria dê conta de produzir essa quantidade. É assim que a burguesia controla a inflação com o desemprego, já que ela busca mandar gente embora para que essas pessoas deixem de consumir, o que abaixa a inflação.

No entanto, com o golpe de estado e com a chamada política neoliberal, o que vemos é que a indústria brasileira foi completamente destruída em benefício do imperialismo que não deseja ver nenhum concorrente. Sendo assim, ao ser fechada uma fábrica, por exemplo, tanto o desemprego aumenta com a demissão dos trabalhadores que estavam ali, quanto a inflação também sobe, já que agora há menos produtos disponíveis no mercado, mas a necessidade desses produtos continua.

Essa política também permite que o real se desvalorize frente o dólar, o que beneficia as exportações de produtos brasileiros. Sendo assim, o pouco que vem sendo produzido no Brasil após o golpe, ai não só em relação à indústria, mas também em relação à agropecuária, é facilmente exportado para os países imperialistas. Isso também ajuda a aumentar a inflação, já que é como se os trabalhadores brasileiros tivessem de competir com o imperialismo na compra de produtos básicos, como alimentos e combustíveis, o que faz com que os capitalistas tenham margem para aumentar os preços.

O cenário de crise aponta para um endurecimento ainda maior no ano de 2021, já que está marcado para esse ano o fim do já pequeno auxílio emergencial, assim como não há nenhuma perspectiva de melhora na crise internacional e brasileira. Sendo assim, o cenário que é pintado para 2021 é um cenário extremamente explosivo no Brasil.

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