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Crise capitalista

Indústria italiana cai 40%, mesmo obrigando operários a trabalhar

Nesta quinta-feira, dia 11 de junho, o Istituto Nazionale di Statistica (Istat) divulgou dados apontando que ocorreu em abril, uma queda na produção industrial italiana de 42,5%

Nesta quinta-feira, dia 11 de junho, o Istituto Nazionale di Statistica (Istat) divulgou dados apontando que ocorreu em abril, uma queda na produção industrial italiana de 42,5% da em relação a abril de 2019 e de 19,1% em relação a março de de 2020. Todos os principais setores da economia apresentaram fortes quedas, sendo bastante representativa nos bens de capital (-51,5%), bens intermediários (-46,0%) e bens de consumo ( -39,8%), sendo mais brando no setor de energia (-14,0%).

O resultado anual de 2020 já representa um recorde negativo na série histórica a produção de veículos registrou uma queda de 100%. Todos os principais setores de atividade econômica apresentam tendência de queda superiores a 50%, na indústrias têxtil, de vestuário, couro e acessórios (-80,5%), a fabricação de meios de transporte (-74,0%), as demais indústrias (-57,0%) e a fabricação de produtos de borracha e plástico (-56,3%) com exceção da indústria farmacêutica (-6,7%) e nas indústrias de alimentos, bebidas e tabaco (-8,1%).

Os dados demonstram que a crise econômica que a muito assombrava o mercado internacional ao ser impulsionada pela crise sanitária causada pela pandemia de covid-19, está devastando as já fragilizadas economias mundiais. A zona do euro não é uma exceção e a Itália, hoje país mais endividado da Europa comprometido com um montante equivalente a 134,8% do seu PIB, até o final de 2020 é esperado que esse montante se aproxima dos 160% do PIB.

Já é pública a imensa pressão do capitalistas para transferência de mais recursos públicos ao capital privado, nas palavras de Marco Bonometti, presidente da Confederação da Indústrias da Lombardia “se não houver coragem de intervir, pagaremos por essa falta de escolhas por décadas”. É certo nesse cenário que Itália recorra a pacotes de resgate econômico da União Europeia, uma verdadeira cilada face que da soma disponibilizada à Itália, a maior parte será de empréstimos que deverão ser reembolsados. Ou seja o contraíra uma dívida maior e será escravizado pelo bancos europeus por décadas.

Uma consequência quase imediata da submissão dos governos nacionais aos bancos é a política de austeridade, com privatizações da economia, forçada para manter os pagamentos abusivos num processo usurário que compromete os PIBs das nações subjugadas. Neste cenário onde governam os capitalistas uma coisa é certa, haverá transferência absurdas de recursos aos grandes capitalistas para manterem seus lucros ou não falirem e o trabalhado será chamado a paga a conta.

Mas os prejuízos causados pela manutenção do capitalismo não se restringem a esfera a economia, as milhares de vidas vidas de trabalhadores pedidas na Itália, na região da Lombardia demonstram isso.

Embora os clínicos gerais médicos de família estranhassem o aumento no número de pneumonias de novembro de 2019, em 23 de fevereiro de 2020 existiam apenas dois casos positivos de covid-19 na província de Bérgamo, números esses que subiram exponencialmente aos milhares, entretanto durante todo a pandemia enquanto nas regiões vizinhas da Lombardia com 50 casos eram decretadas zona vermelha e eram fechadas, Bérgamo foi decretada no máximo como área laranja mantendo atividades não essenciais, com muita pressão contrária dos industriais.

O resultado da campanha “Bergamo non si ferma / Bergamo is running” é que a indústria realmente nunca parou em Bergamo e os trabalhadores em situações precárias foram expostos ao novo vírus corona de forma deliberada para manter os lucros dos industriais. E os governos capitalistas defendendo o seus interesses de classe, na melhor das hipóteses se omitiram frente a situação, mantendo 1.800 fábricas abertas na região de bergamasca mesmo havendo mais de 8.670 infectados na região que tem pouco mais de 121 mil habitantes.

Foi esse cenário desolado de Bérgamo que fez com que a região fosse a mais afetada de todo o país e levasse a Itália a chegar à posição de país com o maior número de mortos. Esses fatos demonstra que a sede de lucros dos capitalistas não tem limites, sendo capazes das piores barbáries e protegidos pelo Estado capitalista jogam todo o ônus no ombros dos trabalhadores.

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