Após anunciar uma série de demissões nos últimos 3 meses as montadoras automobilísticas do país podem ter chegado a 3.200 demissões no primeiro semestre de 2020.
A informação é da própria Anfavea, organização que é uma espécie de sindicato dos proprietários das montadoras, que divulgou os dados das demissões do setor no primeiro trimestre e dos últimos meses, antecipando a divulgação do 2º trimestre.
Nesta segunda (20), a Renault anunciou a demissão de 747 operários em sua fábrica em São José dos Pinhais-PR, o que levou os demais 7.000 trabalhadores a uma greve nesta terça (21). A Nissan, no Rio de Janeiro, demitiu em Junho 398 trabalhadores, a Toyota demitiu 49, a Caoa Chery demitiu mais 59 em março, entre outros casos.
O setor da indústria automobilística tem sido um dos que mais recebeu incentivos fiscais e de outras formas do Estado brasileiro nos últimos anos, mas nada disso impede que as gigantes multinacionais demitam, como destacou o presidente dos metalúrgicos da grande Curitiba, Sérgio Butka, ao anunciar a paralização da categoria na Renault:
“Queremos que a empresa cumpra a sua obrigação por estar recebendo incentivos fiscais do estado e, por contrapartida, deveria estar mantendo o emprego de todos os trabalhadores”