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Paralisação na produção

Indústria agoniza na crise e capacidade ociosa se aproxima de 15%

Lembremos que esses dados são os oficiais, e que portanto a burguesia imperialista aceitou publicá-los. Esses dados não foram elaborados pela esquerda, e portanto fora de suspeitas

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) segundo matéria da Revista Exame informa que a produção industrial caiu em todos os 15 locais pesquisados em março, principalmente no Ceará (21,8%), em Santa Catarina (17,9%) e no Rio Grande do Sul (20,1%). A média ficou em 9,1%, e em São Paulo houve queda de 5,4%. 

Foi a primeira vez que isso ocorreu na série histórica da Pesquisa Industrial Mensal – Regional. Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) informam que na Pesquisa de indicadores Industriais foi apurado que o faturamento da indústria caiu 4,8% em março em relação a fevereiro/20 e em resposta reduziram o ritmo de operação.

As horas trabalhadas caíram para menor nível histórico, sendo 1,8% no período. A Utilização da Capacidade Instalada(UCI) caiu para 76%, 2,5% no período analisado, próximo ao registrado em 2018 por ocasião da paralisação dos caminhoneiros

A massa salarial aumentou 2,2% em março comparado com fevereiro, devido ao impacto das demissões. Na Sondagem feita na 1ª quinzena de abril/20  nos setores de fabricação, extrativismo e construção civil, constataram queda no faturamento da indústria de 4,8% em março, tendo 91% das indústrias relatado impactos negativos por causa do coronavírus. Da indústria, 76% paralisaram ou reduziram a produção, 76% delas reclamam queda na demanda, 44,5% reclamam de inadimplências, 77% reclamam falta de matérias primas, 50% deu férias para parte dos empregados, 36% usou banco de horas, 19% reduziu jornada de trabalho, 16% iniciaram férias coletivas, 15% demitiu, 8% suspendeu temporariamente o contrato de trabalho.

A CNI projeta queda no PIB em 4,2% podendo chegar a 7%, e apostam nas reformas via Congresso e governo federal. Acreditam que acabar com isolamento levaria a muitas mortes de trabalhadores e não adiantaria

Os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que em abril 14,4% das indústrias paralisaram a atividade, houve aumento das paralisações de 10,2% em relação março e 11,5% na média dos meses de abril.

E que as empresas que estavam aumentando a produção sem dificuldades caiu de 52,2% em janeiro para 21,4% em abril. Que o maiores impactos foram no setor de veículos 59,5 %, couros e calçados 38,9% e vestuário 34,1%.

Informa que as principais cidades  começaram o isolamento em meados de março. E que a média de turnos de trabalho caiu para 2, e ainda,  para 20% das indústrias a pandemia foi a principal restrição, com problemas na demanda Interna e externa, e falta de insumos.

Chama a atenção que nada falam dos motivos para queda de atividades para os 80% restantes delas, se só 20% atribuem ao coronavírus.

Lembremos que esses dados são os oficiais, e que portanto a burguesia imperialista aceitou publicá-los. Esses dados não foram elaborados pela esquerda, e portanto fora de suspeitas. O que entendemos é que são bem piores, pois estamos vendo que há enorme descontrole por parte dos agentes do estado, tanto em relação à pandemia, quanto nos dados da economia.

Quem faz compras regularmente percebe que os preços não param de subir, começa a se notar falta de mercadorias nas prateleiras, temos menos opções de produtos, algumas marcas já não se acham mais, etc.

A desinformação do público ajuda a encobrir a ineficiência do “desgoverno” que temos hoje. Sem informação ou com elas equivocadas o público não consegue entender com clareza o tamanha das crises econômica e da saúde.

O exemplo mais evidente que hora se torna evidente, é o de que durante a greve dos caminhoneiros o nível de ocupação da capacidade instalada na indústria baixou para os quase 76%, mesmo nível de agora com o impacto da pandemia.

A crise mostra o futuro sombrio que nos aguarda no pós pandemia. A falta de produtos, de salários, de medicamentos e o altíssimo desemprego trarão mais miséria, fome e degradação social.

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