O julgamento dos quatro indígenas Guarani-Kaiowá ocorreu e três foram condenados a penas que somadas são superiores a 100 anos. Paulino Lopes foi condenado a 20 anos e 3 meses, Jair Aquino Fernandes a 26 anos e oito meses, Ezequiel Valensuela a 34 anos e 10 meses, e Lindomar Brites de Oliveira a 19 anos e 2 meses. Todos foram condenados na chamada Chacina de Porto Cambira, distrito do município de Dourados/MS.
O indígena e cacique Carlito de Oliveira, foi absolvido por ter mais de 80 anos e estar com a saúde debilitada. Senão, a perseguição teria sido consolidada e Carlito estaria preso.
O crime dos indígenas Guarani-Kaiowá foi de ter se defendido dos policiais que adentraram na Aldeia sem nenhuma identificação ou viatura da polícia para atacar os indígenas. Os policiais entraram atirando e desse confronto, dois policiais morreram.
A farsa é tão grande que no Mato Grosso do Sul existem diversas investigações do envolvimento de policiais civis, militares e federais com os latifundiários e na violência contra os povos indígenas.
Há investigações do Ministério Público Federal (MPF) do envolvimento de três delegados da Polícia Federal e um agente com latifundiários da região acusados de matar indígenas.
O Departamento de Operações de Fronteira (DOF), órgão da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, financiado por latifundiários da Organização não-governamental Salve, atuam em despejos sem autorização judicial. A Polícia civil se recusa a investigar crimes contra indígenas e reprime duramente os mesmos.
Fica evidente a perseguição política dos policiais, em especial da polícia civil, que investigou o caso, juntamente com a Polícia Federal envolvida com os latifundiários.
É preciso exigir o fim das acusações fraudulentas contra os indígenas e pedir a imediata libertação dos Guarani-Kaiowá presos porque se defenderam de pistoleiros contratados pelos latifundiários para matar indígenas e expulsá-los de suas terras.