Entre os dias 11 e 12 de setembro, pistoleiros contratados por latifundiários do Mato Grosso do Sul atacaram duas aldeias em áreas retomadas pelos indígenas Guarani-Kaiowá no município de Dourados. Os ataques ocorreram nas proximidades da Reserva Indígena de Dourados, que foi invadida por latifundiários, no Tekoha Ñu Vera.
Os indígenas do Ñu Vera afirmam que estão sendo atacados constantemente e de maneira violenta. Relatam torturas, ameaças e mortes em todas as aldeias da região e a formação de milicias de pistoleiros travestidos de empresas de segurança. “Começa sempre com muito tiro nos barracos e depois os jagunços vêm e destroem tudo”, conta uma liderança que não quer se idenficar. Os indígenas temem que podem ocorrer um massacre a qualquer momento.
O Estado de Mato Grosso do Sul, em especial na região de Dourados, está sofrendo com aumento da violência contra os indígenas realizado pelos latifundiários e que vem aumentando desde que Bolsonaro foi colocado na presidência de maneira fraudulenta.
Há a formação de grupos de milícias com características fascistas para perseguir, intimidar e assassinar lideranças indígenas por todo o Estado, numa clara tentativa de impedir a luta pela terra dos indígenas.
É preciso lutar contra essa situação e a ofensiva da direita contra a demarcação de terras indígenas. É preciso formar comitês de autodefesa dos indígenas em todas as aldeias e organizar uma ofensiva indígena contra os latifundiários e seus grupos de pistoleiros.